Página 252 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
como fraude e a Escritura Sagrada como fábula; e, pondo de lado os
estatutos divinos, entregaram-se a desenfreada iniqüidade.
O erro fatal que trouxe semelhante desgraça aos habitantes da
França, foi a ignorância desta única e grande verdade: que a genuína
liberdade reside dentro das prescrições da lei de Deus. “Ah! se
tivesses dado ouvidos aos Meus mandamentos! Então seria a tua
paz como o rio, e a tua justiça como as ondas do mar.” “Os ímpios
não têm paz, disse o Senhor.” “Mas o que Me der ouvidos habitará
seguramente, e estará descansado do temor do mal.”
Isaías 48:18,
22
;
Provérbios 1:33
.
Ateus, incrédulos e apóstatas opunham-se à lei de Deus e acusa-
vam-na; mas os resultados de sua influência provam que o bem-estar
do homem se prende à obediência aos estatutos divinos. Os que não
leram esta lição no Livro de Deus, são convidados a lê-la na história
das nações.
Quando Satanás agiu mediante a igreja de Roma a fim de desviar
os homens da obediência, fê-lo ocultamente e com disfarce tal, que
a degradação e a miséria resultantes nem foram vistas como sendo
o fruto da transgressão. E seu poder foi tão grandemente contraba-
lançado pela operação do Espírito de Deus, que seus propósitos não
lograram alcançar completa realização. O povo não ligava o efeito à
causa, nem descobria a fonte de suas misérias. Na Revolução, porém,
a lei de Deus foi abertamente posta de lado pelo Conselho Nacional.
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E no reinado do terror que se seguiu, todos puderam ver a operação
de causa e efeito.
Quando a França publicamente rejeitou a Deus e pôs de parte a
Escritura Sagrada, os homens ímpios e os espíritos das trevas exul-
taram com a consecução do objetivo havia tanto acalentado — um
reino livre das restrições da lei de Deus. Porque a sentença contra
uma obra má não fosse imediatamente executada, o coração dos
filhos dos homens ficou “inteiramente disposto para praticar o mal.”
Eclesiastes 8:11
. Mas da transgressão de uma lei justa e reta deve
inevitavelmente resultar a miséria e ruína. Conquanto não fosse de
pronto visitada com juízos, a impiedade dos homens estava, não obs-
tante operando seguramente a sua condenação. Séculos de apostasia
e crime tinham estado a acumular a ira para o dia da retribuição;
e, quando se completou sua iniqüidade, os desprezadores de Deus
aprenderam demasiado tarde que coisa terrível é haver esgotado a