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O Grande Conflito
Do calabouço, da tortura, da forca, onde santos e mártires tes-
tificaram da verdade, vem através dos séculos a voz de sua fé e
esperança. Estando “certos da ressurreição pessoal de Cristo e, por
conseguinte, de sua própria, por ocasião da vinda de Jesus”, diz um
desses cristãos, “desprezavam a morte, e verificava-se estarem acima
dela.” — O Reino de Cristo Sobre a Terra, ou A Voz da Igreja em
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Todos os Séculos, Daniel T. Taylor. Estavam dispostos a descer ao
túmulo, para que pudessem “ressuscitar livres.” — A Voz da Igreja,
Taylor. Esperavam pelo “Senhor a vir do Céu, nas nuvens, com a
glória de Seu Pai”, “trazendo aos justos os tempos do reino.” Os
valdenses acariciavam a mesma fé. — Taylor. Wycliffe aguardava o
aparecimento do Redentor, como a esperança da igreja. — Ibidem.
Lutero declarou: “Convenço-me, em verdade, de que o dia do
juízo não está para além de trezentos anos. Deus não quer, não pode
suportar por muito tempo mais este ímpio mundo.” “Aproxima-se o
grande dia, em que se subverterá o rei da abominação.” — Ibidem.
“Este velho mundo não está longe de seu fim”, disse Melâncton.
Calvino manda aos cristãos “não hesitarem, desejando ardentemente
o dia da vinda de Cristo como o mais auspicioso de todos os aconte-
cimentos”; e declara que “a família inteira dos fiéis conservará em
vista aquele dia.” “Devemos ter fome de Cristo, devemos buscá-Lo,
contemplá-Lo”, diz ele “até à aurora daquele grande dia, em que o
nosso Senhor amplamente manifestará a glória do Seu Reino.” —
Ibidem.
“Não levou nosso Senhor Jesus nossa carne para o Céu?” disse
Knox, o reformador escocês, “e não voltará Ele? Sabemos que vol-
tará, e isso dentro em breve.” Ridley e Latimer, que depuseram a vida
pela verdade, esperaram pela fé a vinda do Senhor. Ridley escreveu:
“O mundo, creio-o eu e portanto o digo, chegará sem dúvida ao fim.
De coração clamemos com João, o servo de Deus, a Cristo nosso
Salvador: Vem, Senhor Jesus, vem.” — Ibidem.
“Os pensamentos que se relacionam com a vinda do Senhor”,
disse Baxter, “são dulcíssimos e mui gozosos para mim.” — Obras,
Richard Baxter. “É a obra da fé, e do caráter de Seus santos, amar
Seu aparecimento e aguardar o cumprimento da bem-aventurada
esperança.” “Se a morte é o último inimigo a ser destruído na res-
surreição, podemos saber quão fervorosamente deveriam os crentes
anelar a segunda vinda de Cristo e por ela orar, sendo então que