Página 294 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
Muitos que não aceitaram suas opiniões quanto ao tempo exato
do segundo advento, ficaram convencidos da certeza e proximidade
da vinda de Cristo e de sua necessidade de preparo. Em algumas
das grandes cidades seu trabalho produziu impressão extraordinária.
Vendedores de bebidas abandonavam este comércio e transformavam
suas lojas em salas de cultos; antros de jogo eram fechados; corri-
giam-se incrédulos, deístas, universalistas, e mesmo os libertinos
mais perdidos, alguns dos quais não haviam durante anos entrado
em uma casa de culto. Várias denominações efetuavam reuniões de
oração, em diferentes bairros, quase a todas as horas do dia, reu-
nindo-se os homens de negócios ao meio-dia para oração de louvor.
Não havia nenhuma excitação extravagante, mas sim uma sensação
de solenidade quase geral no espírito do povo. Sua obra, como a dos
primeiros reformadores, tendia antes para convencer o entendimento
e despertar a consciência do que a meramente excitar as emoções.
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Em 1833 Miller recebeu da Igreja Batista de que era membro
uma licença para pregar. Grande número dos pastores de sua denomi-
nação aprovou-lhe também a obra, e foi com essa sanção formal que
continuou com os seus trabalhos. Posto que seus labores pessoais
estivessem limitados principalmente à Nova Inglaterra e aos Esta-
dos centrais, viajou e pregou incessantemente. Durante vários anos
suas despesas eram cobertas inteiramente por sua bolsa particular
e posteriormente nunca recebeu o bastante para custear as viagens
aos lugares a que era convidado. Assim, seus trabalhos públicos,
longe de serem benefício financeiro, eram-lhe pesado encargo às
posses, que gradualmente diminuíram durante este período de sua
vida. Era chefe de numerosa família; mas como todos eram sóbrios
e industriosos, sua fazenda bastava para a manutenção de todos.
Em 1833, dois anos depois que Miller começou a apresentar em
público as provas da próxima vinda de Cristo, apareceu o último dos
sinais que foram prometidos pelo Salvador como indícios de Seu
segundo advento. Disse Jesus: “As estrelas cairão do céu.”
Mateus
24:29
. E João, no Apocalipse, declarou, ao contemplar em visão
as cenas que deveriam anunciar o dia de Deus: “E as estrelas do
céu caíram sobre a Terra, como quando a figueira lança de si os
seus figos verdes, abalada por um vento forte.”
Apocalipse 6:13
.
Esta profecia teve cumprimento surpreendente e impressionante na
grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1833. Aquela foi