Página 344 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
homem não pode absolutamente se tornar pregador, sem, de alguma
maneira, aceitar outro livro além da Escritura Sagrada. ... Nada há de
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imaginário na declaração de que o poderio do credo está começando
hoje a proibir a Bíblia tão realmente como o fez Roma, se bem que
de maneira mais sutil.” — Sermão sobre A Bíblia Como um Credo
Suficiente, pronunciado em Fort Wayne, Indiana, a 2 de fevereiro de
1846.
Quando ensinadores fiéis expõem a Palavra de Deus, levantam-se
homens de saber, pastores que professam compreender as Escrituras,
e denunciam a doutrina sã como heresia, desviando assim os inquiri-
dores da verdade. Não fosse o caso de se achar o mundo fatalmente
embriagado com o vinho de Babilônia, e multidões seriam conven-
cidas e convertidas pelas verdades claras e penetrantes da Palavra
de Deus. Mas, a fé religiosa parece tão confusa e discordante que o
povo não sabe o que crer como verdade. O pecado da impenitência
do mundo jaz à porta da igreja.
A mensagem do segundo anjo de Apocalipse,
Capítulo 14
, foi
primeiramente pregada no verão de 1844, e teve naquele tempo
uma aplicação mais direta às igrejas dos Estados Unidos, onde a
advertência do juízo tinha sido mais amplamente proclamada e
em geral rejeitada, e onde a decadência das igrejas mais rápida
havia sido. A mensagem do segundo anjo, porém, não alcançou o
completo cumprimento em 1844. As igrejas experimentaram então
uma queda moral, em conseqüência de recusarem a luz da mensagem
do advento; mas essa queda não foi completa. Continuando a rejeitar
as verdades especiais para este tempo, têm elas caído mais e mais.
Contudo, não se pode ainda dizer que “caiu Babilônia, ... que a todas
as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.” Ainda
não deu de beber a todas as nações. O espírito de conformação com
o mundo e de indiferença às probantes verdades para nosso tempo
existe e está a ganhar terreno nas igrejas de fé protestante, em todos
os países da cristandade; e estas igrejas estão incluídas na solene
e terrível denúncia do segundo anjo. Mas a obra da apostasia não
atingiu ainda a culminância.
A Escritura Sagrada declara que Satanás, antes da vinda do
Senhor, operará “com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,
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e com todo o engano da injustiça”; e “os que não receberam o amor
da verdade para se salvarem” serão deixados à mercê da “operação