Página 360 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
nem acusaram o movimento adventista. Na epístola aos Hebreus
existem palavras de animação e advertência para os provados e ex-
pectantes nesta crise: “Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem
grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para
que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a
promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir
virá, e não tardará. Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a Minha
alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que se
retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação
da alma.”
Hebreus 10:35-39
.
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Que este aviso se dirige à igreja dos últimos dias, é evidente
das palavras que apontam para a proximidade da vinda do Senhor:
“Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e
não tardará.” E claramente se subentende que haveria uma aparente
tardança, e que pareceria demorar-Se o Senhor. A instrução aqui pro-
porcionada adapta-se especialmente à experiência dos adventistas
naquele tempo. O povo, a que a passagem aqui se refere, estava em
perigo de naufragar na fé. Tinham feito a vontade de Deus, seguindo
a guia de Seu Espírito e Sua Palavra; não podiam, contudo, enten-
der-Lhe o propósito na experiência passada, tampouco discernir o
caminho diante deles; e eram tentados a duvidar de que Deus, em
verdade, os estivesse a dirigir. A esse tempo se aplicavam as pala-
vras: “Mas o justo viverá da fé.” Dado o fato de haver a brilhante
luz do “clamor da meia-noite” lhes resplandecido no caminho e
terem visto descerrarem-se as profecias, e em rápido cumprimento
os sinais que declaravam estar próxima a vinda de Cristo, haviam
caminhado, por assim dizer, pela vista. Agora, porém, abatidos por
verem frustradas as esperanças, unicamente pela fé em Deus e em
Sua Palavra poderiam permanecer em pé. O mundo escarnecedor
dizia: “Fostes enganados. Abandonai vossa fé e dizei que o movi-
mento do advento foi de Satanás.” Declarava, porém, a Palavra de
Deus: “Se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele.” Renunciar
então à fé e negar o poder do Espírito Santo, que acompanhara a
mensagem, seria recuar para a perdição. Eram incentivados à fir-
meza pelas palavras de Paulo: “Não rejeiteis pois a vossa confiança”;
“necessitais de paciência”, “porque ainda um poucochinho de tempo,
e O que há de vir virá, e não tardará.” A única maneira segura de
proceder era reter a luz que já haviam recebido de Deus, apegar-se