Página 380 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar.”
Apocalipse
3:7, 8
.
Os que, pela fé, seguem a Jesus na grande obra da expiação,
recebem os benefícios de Sua mediação em seu favor; enquanto
os que rejeitam a luz apresentada neste ministério não são por ela
beneficiados. Os judeus que rejeitaram a luz dada por ocasião do
primeiro advento de Cristo e se recusaram a crer nEle como Salvador
do mundo, não poderiam receber o perdão por meio dEle. Quando
Jesus, depois da ascensão, pelo Seu próprio sangue entrou no san-
tuário celestial, a fim de derramar sobre os discípulos as bênçãos de
Sua mediação, os judeus foram deixados em completas trevas, conti-
nuando com os sacrifícios e ofertas inúteis. O ministério dos tipos e
sombras cessara. A porta pela qual anteriormente os homens encon-
travam acesso a Deus, não mais se achava aberta. Recusaram-se os
judeus a buscá-Lo pelo único meio por que poderia então ser encon-
trado — pelo ministério no santuário celestial. Não alcançaram, por
conseguinte, comunhão com Deus. Para Eles a porta estava fechada.
Não conheciam a Cristo como o verdadeiro sacrifício e o único
mediador perante Deus; daí o não poderem receber os benefícios de
Sua mediação.
O estado dos judeus incrédulos ilustra a condição dos indife-
rentes e incrédulos entre os professos cristãos, que voluntariamente
ignoram a obra de nosso misericordioso Sumo Sacerdote. No ceri-
monial típico, quando o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo,
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exigia-se de todos os israelitas que se reunissem em redor do santuá-
rio, e do modo mais solene humilhassem a alma perante Deus, para
que recebessem o perdão dos pecados e não fossem extirpados da
congregação. Quanto mais importante não é que neste dia antitípico
da expiação compreendamos a obra de nosso Sumo Sacerdote, e
saibamos quais os deveres que de nós se requerem!
Os homens não podem impunemente rejeitar as advertências
que Deus em Sua misericórdia lhes envia. No tempo de Noé, uma
mensagem do Céu foi endereçada ao mundo, e a salvação do povo
dependia da maneira como a recebesse. Rejeitada a advertência,
o Espírito de Deus foi retirado da raça pecadora, e pereceram nas
águas do dilúvio. Nos dias de Abraão, a misericórdia cessou de
contender com os culposos habitantes de Sodoma, e todos, com
exceção de Ló, a esposa e duas filhas, foram consumidos pelo fogo