Página 383 - O Grande Conflito

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A imutável Lei de Deus
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sendo a revelação de Sua vontade, a transcrição de Seu caráter,
deve permanecer para sempre, “como uma fiel testemunha no Céu.”
Nenhum mandamento foi anulado; nenhum jota ou til se mudou.
Diz o salmista: “Para sempre, ó Senhor, a Tua palavra permanece no
Céu.” São “fiéis todos os Seus mandamentos. Permanecem firmes
para todo o sempre.”
Salmo 119:89
;
111:7, 8
.
No próprio centro do decálogo está o quarto mandamento, con-
forme foi a princípio proclamado: “Lembra-te do dia do sábado
para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o
sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra,
nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua
serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das
tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar
e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o
Senhor o dia do sábado, e o santificou.”
Êxodo 20:8-11
.
O Espírito de Deus tocou o coração dos que estudavam a Sua Pa-
lavra. Impressionava-os a convicção de que haviam ignorantemente
transgredido este preceito, deixando de tomar em consideração o dia
de repouso do Criador. Começaram a examinar as razões para a ob-
servância do primeiro dia da semana em lugar do dia que Deus havia
santificado. Não puderam achar nas Escrituras prova alguma de que
o quarto mandamento tivesse sido abolido, ou de que o sábado fora
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mudado; a bênção que a princípio destacava o sétimo dia nunca fora
removida. Sinceramente tinham estado a procurar conhecer e fazer
a vontade de Deus; agora, como se vissem transgressores de Sua lei,
encheu-se-lhes o coração de tristeza, e manifestaram lealdade para
com Deus, santificando Seu sábado.
Muitos e tenazes foram os esforços feitos para subverter-lhes a
fé. Ninguém poderia deixar de ver que, se o santuário terrestre era
uma figura ou modelo do celestial, a lei depositada na arca, na Terra,
era uma transcrição exata da lei na arca, que está no Céu; e que a
aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o
reconhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade
do sábado do quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposi-
ção atroz e decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que
revelavam o ministério de Cristo no santuário celestial. Os homens
procuravam fechar a porta que Deus havia aberto, e abrir a que Ele
fechara. Mas “O que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém