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O Grande Conflito
criaturas. Este fato capital jamais poderá tornar-se obsoleto, e jamais
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deverá ser esquecido.” — História do Sábado, J. N. Andrews. Foi
para conservar esta verdade sempre perante o espírito dos homens
que Deus instituiu o sábado no Éden; e, enquanto o fato de que Ele
é o nosso Criador continuar a ser razão por que O devamos adorar,
permanecerá o sábado como sinal e memória disto. Tivesse sido
o sábado universalmente guardado, os pensamentos e afeições dos
homens teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de reverência
e culto, jamais tendo havido idólatra, ateu, ou incrédulo. A guarda do
sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus, “Aquele
que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.” Segue-se
que a mensagem que ordena aos homens adorar a Deus e guardar
Seus mandamentos, apelará especialmente para que observemos o
quarto mandamento.
Em contraste com os que guardam os mandamentos de Deus
e têm a fé de Jesus, o terceiro anjo indica outra classe, contra a
cujos erros profere solene e terrível advertência: “Se alguém adorar
a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,
também o tal beberá do vinho da ira de Deus.”
Apocalipse 14:9, 10
.
Para a compreensão desta mensagem é necessária uma interpretação
correta dos símbolos empregados. Que se representa pela besta, pela
imagem e pelo sinal?
A cadeia de profecias na qual se encontram estes símbolos, co-
meça no
Capítulo 12
de Apocalipse, com o dragão que procurava
destruir Cristo em Seu nascimento. Declara-se que o dragão é Sa-
tanás (
Apocalipse 12:9
); foi ele que atuou sobre Herodes a fim de
matar o Salvador. Mas o principal agente de Satanás, ao fazer guerra
contra Cristo e Seu povo, durante os primeiros séculos da era cristã,
foi o Império Romano, no qual o paganismo era a religião domi-
nante. Assim, conquanto o dragão represente primeiramente Satanás,
é, em sentido secundário, símbolo de Roma pagã.
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No
Capítulo 13:1-10
, descreve-se a besta “semelhante ao leo-
pardo”, à qual o dragão deu “o seu poder, o seu trono, e grande
poderio.” Este símbolo, como a maioria dos protestantes tem crido,
representa o papado, que se sucedeu no poder, trono e poderio uma
vez mantidos pelo antigo Império Romano. Declara-se quanto à
besta semelhante ao leopardo: “Foi-lhe dada uma boca para proferir
grandes coisas e blasfêmias. ... E abriu a sua boca em blasfêmias