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O Grande Conflito
o menor no reino dos Céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar
será chamado grande no reino dos Céus.”
Mateus 5:17-19
.
É fato geralmente admitido por protestantes que as Escrituras
não autorizam em nenhuma parte a mudança do sábado. Isto se
acha plenamente declarado nas publicações editadas pela Socie-
dade Americana de Tratados e pela União Americana das Escolas
Dominicais. Uma dessas obras reconhece “o completo silêncio do
Novo Testamento no que respeita a um mandamento explícito para
o domingo ou a regras definidas para a sua observância.” — The
Abiding Sabbath, Jorge Elliot.
Outra diz: “Até ao tempo da morte de Cristo nenhuma mudança
havia sido feita no dia” (O Dia do Senhor, A. E. Waffle); e, “pelo
que se depreende do relato sagrado, eles [os apóstolos] não deram ...
nenhum mandamento explícito ordenando o abandono de repouso
do sétimo dia, e sua observância no primeiro dia da semana.” —
Ibidem.
Os católicos romanos reconhecem que a mudança do sábado foi
feita pela sua igreja, e declaram que os protestantes, observando o
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domingo, estão reconhecendo o poder desta. No “Catecismo Cató-
lico da Religião Cristã”, em resposta a uma pergunta sobre o dia a ser
observado em obediência ao quarto mandamento, faz-se esta decla-
ração: “Enquanto vigorou a antiga lei, o sábado era o dia santificado,
mas a igreja, instruída por Jesus Cristo, e dirigida pelo Espírito de
Deus, substituiu o sábado pelo domingo; assim, santificamos agora
o primeiro dia, e não o sétimo dia. Domingo quer dizer, e agora é,
dia do Senhor.”
Como sinal da autoridade da Igreja Católica, os escritores roma-
nistas citam “o próprio ato da mudança do sábado para o domingo,
que os protestantes admitem; ... porque, guardando o domingo, re-
conhecem o poder da igreja para ordenar dias santos e impor sua
observância sob pena de incorrer em pecado.” — Resumo da Dou-
trina Cristã, H. Tuberville. Que é, pois, a mudança do sábado senão
o sinal da autoridade da Igreja de Roma ou “o sinal da besta”?
A igreja de Roma não renunciou a suas pretensões à supremacia;
e, se o mundo e as igrejas protestantes aceitam um dia de repouso
de sua criação, ao mesmo tempo em que rejeitam o sábado bíblico,
acatam virtualmente estas pretensões. Podem alegar a autoridade da
tradição e dos pais da igreja para a mudança, mas, assim fazendo,