Página 447 - O Grande Conflito

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O pior inimigo do homem, e como vencê-lo
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Satanás está continuamente procurando vencer o povo de Deus,
derribando as barreiras que os separam do mundo. O antigo Israel
foi enredado no pecado quando se aventurou a associação proibida
com os gentios. De modo semelhante se transvia o Israel moderno.
“O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para
que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo,
que é a imagem de Deus.”
2 Coríntios 4:4
. Todos os que não são
decididos seguidores de Cristo, são servos de Satanás. No coração
não regenerado há amor ao pecado e disposição para acariciá-lo e
desculpá-lo. No coração renovado há ódio e decidida resistência
ao pecado. Quando os cristãos escolhem a sociedade dos ímpios e
incrédulos, expõem-se à tentação. Satanás esconde-se das vistas, e
furtivamente estende sobre os olhos deles seu véu enganador. Não
podem ver que tal companhia é calculada a fazer-lhes mal; e ao
mesmo tempo em que constantemente vão assimilando o mundo,
no que respeita ao caráter, palavras e ações, mais e mais cegos se
tornam.
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A conformidade aos costumes mundanos converte a igreja ao
mundo; jamais converte o mundo a Cristo. A familiaridade com o
pecado inevitavelmente o fará parecer menos repelente. Aquele que
prefere associar-se aos servos de Satanás, logo deixará de temer o
senhor deles. Quando, no caminho do dever, somos levados à prova,
como o foi Daniel na corte do rei, podemos estar certos de que Deus
nos protegerá; mas se nos colocamos sob tentação, mais cedo ou
mais tarde cairemos.
O tentador freqüentemente opera com muito êxito por meio
daqueles de quem menos se suspeita estarem sob o seu domínio. Os
possuidores de talento e educação são admirados e honrados, como
se estas qualidades pudessem suprir a ausência do temor de Deus,
ou torná-los dignos de Seu favor. O talento e a cultura, considerados
em si mesmos, são dons de Deus; mas, quando se faz com que eles
preencham o lugar da piedade, e quando, em vez de levar a alma mais
para perto de Deus, a afastam dEle, tornam-se então em maldição
e laço. Prevalece entre muitos a opinião de que tudo que se mostra
como cortesia ou polidez, deve, em certo sentido, pertencer a Cristo.
Nunca houve erro maior. Estas qualidades deveriam aformosear o
caráter de todo crente, pois exerceriam influência poderosa em favor
da verdadeira religião; mas devem ser consagradas a Deus, ou serão