Página 478 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
melodiosos, e fluindo da face dAquele que Se assenta sobre o trono
uma incessante torrente de luz sobre os remidos; sim, poderiam
aqueles cujo coração está cheio de ódio a Deus, à verdade e santi-
dade, unir-se à multidão celestial e participar de seus cânticos de
louvor? Poderiam suportar a glória de Deus e do Cordeiro? Não,
absolutamente; anos de graça lhes foram concedidos, a fim de que
pudessem formar caráter para o Céu; eles, porém, nunca exercitaram
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a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem do Céu, e
agora é demasiado tarde. Uma vida de rebeldia contra Deus incapa-
citou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma
tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor. Almejariam
fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição,
para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para
os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua
exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa
da parte de Deus.
Semelhantes às águas do dilúvio, os fogos do grande dia decla-
ram o veredicto divino, de que os ímpios são incorrigíveis. Não se
sentem dispostos a submeter-se à autoridade divina. Sua vontade
foi exercitada na revolta; e, ao terminar a vida, é demasiado tarde
para fazer voltar o curso de seus pensamentos em direção oposta,
tarde demais para volverem da transgressão à obediência, do ódio
ao amor.
Poupando a vida do assassino Caim, Deus deu ao mundo um
exemplo do resultado que adviria de permitir que o pecador vivesse
para continuar o caminho de desenfreada iniqüidade. Pela influência
do ensino e exemplo de Caim, multidões de seus descendentes foram
levadas ao pecado, até que “a maldade do homem se multiplicara
sobre a Terra”, e “toda a imaginação dos pensamentos de Seu coração
era só má continuamente.” “A Terra, porém, estava corrompida diante
da face de Deus; e encheu-se a Terra de violência.”
Gênesis 6:5, 11
.
Em misericórdia para com o mundo, Deus suprimiu seus ímpios
habitantes no tempo de Noé. Em misericórdia, destruiu os corruptos
habitantes de Sodoma. Mediante o poder enganador de Satanás, os
praticantes da iniqüidade obtêm simpatia e admiração, e estão assim
constantemente levando outros à rebeldia. Assim foi ao tempo de
Caim e Noé, e ao tempo de Abraão e Ló; assim é em nosso tempo. É