Página 489 - O Grande Conflito

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Oferece o espiritismo alguma esperança?
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mentais e morais. Tem destruído e está a destruir milhares por meio
da satisfação das paixões, embrutecendo assim toda a natureza do
homem. E, para completar a sua obra, declara por meio dos espíritos
que “o verdadeiro conhecimento coloca o homem acima de toda a
lei”; que “tudo está certo”; que “Deus não condena”; e que “todos
os pecados que se cometem, são inocentes.” Sendo o povo assim
levado a crer que o desejo é a mais elevada lei, que a liberdade é a
libertinagem, e que o homem é apenas responsável a si mesmo, quem
poderá maravilhar-se de que a corrupção e a depravação proliferem
por toda parte? Multidões aceitam avidamente os ensinos que as
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deixam em liberdade para obedecer aos impulsos do coração carnal.
As rédeas do domínio próprio são dirigidas pela concupiscência,
as faculdades do espírito e da alma são submetidas às inclinações
animais, e Satanás exultantemente, para a sua rede arrasta milhares
que professam ser seguidores de Cristo.
Mas ninguém deve enganar-se pelas mentirosas pretensões do
espiritismo. Deus deu ao mundo luz suficiente para habilitá-lo a
descobrir a cilada. Conforme já se mostrou, a teoria que constitui
o fundamento mesmo do espiritismo está em contradição com as
mais terminantes declarações das Escrituras. A Bíblia declara que os
mortos não sabem coisa nenhuma, que seus pensamentos pereceram;
que não têm parte em nada que se faz debaixo do Sol; nada sabem
das alegrias ou tristezas dos que lhes eram os mais caros na Terra.
Demais, Deus proibiu expressamente toda pretensa comunica-
ção com os espíritos dos mortos. Nos dias dos hebreus, havia uma
classe de pessoas que pretendiam, como o fazem os espíritas de hoje,
entreter comunicação com os mortos. Mas esses “espíritos familia-
res” como eram chamados os visitantes de outros mundos, declara a
Bíblia serem “espíritos de demônios”. (Comparar
Números 25:1-3
;
Salmo 106:28
;
1 Coríntios 10:20
;
Apocalipse 16:14
.) O costume
de tratar com os espíritos familiares foi denunciado como abomina-
ção ao Senhor, e solenemente proibido sob pena de morte.
Levítico
19:31
;
20:27
. O próprio nome de feitiçaria é hoje tido em desdém.
A pretensão de que os homens podem entreter comunicações com
os espíritos maus é considerada como fábula da Idade Média. O
espiritismo, porém, que conta centenas de milhares, e na verdade,
milhões de adeptos, que teve ingresso nos centros científicos, invadiu
igrejas e alcançou favor nas corporações legislativas e mesmo nas