A lei de Deus
            
            
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              Escrita em tábuas de pedra
            
            
              Para deixá-los sem escusas, o próprio Senhor condescendeu em
            
            
              descer sobre o Sinai, envolto em glória e circundado por Seus anjos,
            
            
              e na mais sublime e terrível maneira fez conhecida a Sua lei dos Dez
            
            
              Mandamentos. Não confiou o seu ensino a ninguém, nem mesmo
            
            
              a Seus anjos, mas proclamou Sua lei com voz audível aos ouvidos
            
            
              de todo o povo. Não a confiou mesmo então à curta memória de um
            
            
              povo que fora propenso a olvidar Seus reclamos, mas escreveu-a
            
            
              com Seu próprio dedo santo sobre tábuas de pedra. Tiraria deles toda
            
            
              possibilidade de misturarem com Seus santos preceitos qualquer
            
            
              tradição, ou de confundirem Suas exigências com as práticas de
            
            
              homens.
            
            
              Ele então Se aproximou ainda mais de Seu povo, que tinha sido
            
            
              tão pronto a extraviar-se, pois não queria deixá-los meramente com
            
            
              dez preceitos do Decálogo. Ordenou que Moisés escrevesse juízos e
            
            
              leis, conforme os ditasse, dando minuciosas instruções quanto ao que
            
            
              Ele requeria que realizassem, e assim resguardou os dez preceitos
            
            
              que Ele havia gravado sobre as tábuas de pedra. Estas específicas
            
            
              instruções e reclamos foram dados para atrair o errante homem à
            
            
              obediência da lei moral, à qual era tão propenso a transgredir.
            
            
              Se o homem tivesse guardado a lei de Deus, tal como foi dada a
            
            
              Adão depois da queda, preservada na arca por Noé, e observada por
            
            
              Abraão, não teria havido necessidade da ordenança da circuncisão.
            
            
              E se os descendentes de Abraão tivessem guardado a aliança, da
            
            
              [149]
            
            
              qual a circuncisão era um sinal ou compromisso, jamais teriam eles
            
            
              caído na idolatria nem teria sido permitido descerem ao Egito, e
            
            
              tampouco teria havido necessidade de Deus proclamar Sua lei do
            
            
              Sinai gravando-a sobre tábuas de pedra e guardando-a por definidas
            
            
              instruções nos juízos e estatutos de Moisés.
            
            
              Os juízos e estatutos
            
            
              Moisés escreveu estes juízos e estatutos da boca de Deus en-
            
            
              quanto estava com Ele no monte. Se o povo de Deus tivesse obede-
            
            
              cido aos princípios dos Dez Mandamentos, não teria sido necessário
            
            
              dar a Moisés instruções específicas, que ele escreveu num livro, re-
            
            
              lativas ao seu dever para com Deus e de uns para com os outros. As