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              História da Redenção
            
            
              O selo de Cristo foi posto sobre as palavras de Pedro, e seu rosto
            
            
              foi iluminado pelo Espírito Santo. Próximo a ele, como convincente
            
            
              testemunha, estava o homem que havia sido milagrosamente curado.
            
            
              A aparência deste homem, que apenas poucas horas antes era um
            
            
              desajudado coxo, mas agora restaurado à perfeita saúde, e esclare-
            
            
              cido acerca de Jesus de Nazaré, acrescentava peso de testemunho às
            
            
              [252]
            
            
              palavras de Pedro. Sacerdotes, príncipes e povo estavam em silêncio.
            
            
              Os príncipes não tinham poder para refutar suas declarações. Tinham
            
            
              sido obrigados a ouvir aquilo que menos desejavam ouvir: o fato da
            
            
              ressurreição de Jesus Cristo, e Seu poder no Céu de realizar milagres
            
            
              por meio de Seus apóstolos na Terra.
            
            
              A defesa de Pedro, na qual ele confessou corajosamente de onde
            
            
              obtinha sua força, apavorou-os. Ele se referiu à pedra rejeitada pelos
            
            
              construtores — significando as autoridades da igreja, que deviam
            
            
              ter percebido o valor dAquele a quem rejeitaram — mas que havia
            
            
              não obstante Se tornado na pedra de esquina. Nestas palavras ele se
            
            
              referiu diretamente a Cristo, que era a pedra fundamental da igreja.
            
            
              O povo estava espantado ante a ousadia dos discípulos. Pensa-
            
            
              vam que, por serem ignorantes pescadores, seriam vencidos pelo
            
            
              embaraço quando confrontados pelos sacerdotes, escribas e anciãos.
            
            
              Mas, tiveram conhecimento que eles tinham estado com Jesus. Os
            
            
              apóstolos falavam como Ele havia falado, com um convincente poder
            
            
              que silenciava seus adversários. A fim de ocultarem sua perplexi-
            
            
              dade, os sacerdotes e príncipes ordenaram que os apóstolos fossem
            
            
              afastados, para que pudessem aconselhar-se entre si.
            
            
              Concordaram todos que era inútil negar que o homem fora cu-
            
            
              rado mediante o poder concedido aos apóstolos em nome de Jesus
            
            
              crucificado. Alegremente encobririam o prodígio por meio de fal-
            
            
              sidades; mas a obra fora feita em plena luz do dia diante de uma
            
            
              multidão de pessoas, e já viera ao conhecimento de milhares. Senti-
            
            
              ram que a obra dos discípulos devia cessar imediatamente, ou Jesus
            
            
              ganharia muitos adeptos, e sua própria desgraça poderia seguir-se,
            
            
              [253]
            
            
              pois estariam sujeitos a ser responsabilizados pelo assassínio do
            
            
              Filho de Deus.
            
            
              Apesar de seu desejo de destruir os discípulos, não ousaram fazer
            
            
              mais que ameaçá-los com o mais severo castigo, se continuassem a
            
            
              falar ou agir em nome de Jesus. Entretanto, Pedro e João declararam
            
            
              ousadamente que seu trabalho tinha-lhes sido dado por Deus, e que