A organização do evangelho
            
            
              205
            
            
              Os sete homens escolhidos foram solenemente apartados para
            
            
              seus deveres, pela oração e pela imposição das mãos. Aqueles que
            
            
              foram assim ordenados, não estavam entretanto, excluídos de ensinar
            
            
              a fé. Pelo contrário, é lembrado que “Estêvão, cheio de graça e
            
            
              poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. Eles estavam
            
            
              plenamente qualificados para instruir na verdade. Eram também
            
            
              homens de juízo calmo e discrição, bem capacitados para tratar de
            
            
              casos difíceis de julgamento, murmuração ou inveja.
            
            
              A escolha de homens para efetuarem os negócios da igreja,
            
            
              de modo que os apóstolos pudessem ficar livres para seu trabalho
            
            
              especial de ensinar a verdade, foi grandemente abençoado por Deus.
            
            
              A igreja crescia em número e em poder. “Crescia a palavra de Deus
            
            
              e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também
            
            
              muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.”
            
            
              É necessário que a mesma ordem e sistema sejam mantidos na
            
            
              igreja agora como nos dias apostólicos. A prosperidade da causa
            
            
              depende grandemente de serem seus vários departamentos condu-
            
            
              zidos por homens hábeis, qualificados para suas posições. Os que
            
            
              são escolhidos por Deus para serem líderes em Sua causa, tendo
            
            
              [261]
            
            
              a supervisão geral dos interesses espirituais da igreja, devem ser
            
            
              aliviados, tanto quanto possível, de cuidados e perplexidades de
            
            
              natureza temporal. Aqueles a quem Deus chamou para ministrar em
            
            
              palavra e doutrina devem ter tempo para meditação, oração, e estudo
            
            
              das Escrituras. Seu claro discernimento espiritual é diminuído ao
            
            
              entrarem em mínimos detalhes de negócios e no trato com os vários
            
            
              temperamentos das pessoas que se reúnem em qualidade de igreja.
            
            
              É próprio que todos os assuntos de natureza temporal se apresentem
            
            
              perante os oficiais qualificados e sejam por eles ajustados. Mas se
            
            
              são de caráter tão difícil que frustre sua sabedoria, devem ser levados
            
            
              ao conselho daqueles que têm a supervisão de toda a igreja.
            
            
              [262]