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              História da Redenção
            
            
              originados com ele. As sementes da rebelião ainda estavam nele.
            
            
              Não tivera, em sua rebelião, nenhum motivo para seu procedimento,
            
            
              e irremediavelmente arruinara não só a si mesmo mas a hoste de
            
            
              anjos, que teria sido feliz no Céu, tivesse ele permanecido firme. A
            
            
              lei de Deus podia condenar mas não podia perdoar.
            
            
              Ele não se arrependeu de sua rebelião porque visse a bondade
            
            
              de Deus da qual havia abusado. Não era possível que seu amor por
            
            
              Deus tivesse aumentado tanto desde a queda, que o levasse a uma
            
            
              alegre submissão e feliz obediência à Sua lei, por ele desprezada. A
            
            
              desgraça que experimentara em perder a doce luz do Céu, o senso de
            
            
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              culpa que o apoquentava, o desapontamento que sentiu em não ver
            
            
              realizadas suas esperanças, foram a causa de sua dor. Ser comandante
            
            
              fora do Céu era vastamente diferente de ser assim honrado no Céu.
            
            
              A perda que sofreu de todos os privilégios celestiais parecia demais
            
            
              para suportar. Desejava recuperá-los.
            
            
              Esta grande mudança de posição não tinha aumentado seu amor
            
            
              por Deus, nem por Sua sábia e justa lei. Quando Satanás se tornou
            
            
              plenamente convencido de que não havia possibilidade de ser reinte-
            
            
              grado no favor de Deus, manifestou sua maldade com aumentado
            
            
              ódio e feroz veemência.
            
            
              Deus sabia que tão determinada rebelião não permaneceria ina-
            
            
              tiva. Satanás inventaria meios para importunar os anjos celestiais e
            
            
              mostrar desdém por Sua autoridade. Como não podia ser admitido
            
            
              no interior dos portais celestes, aguardaria mesmo à entrada, para
            
            
              escarnecer dos anjos e procurar contender com eles ao passarem.
            
            
              Procuraria destruir a felicidade de Adão e Eva. Esforçar-se-ia por
            
            
              incitá-los à rebelião, sabendo que isto causaria tristeza no Céu.
            
            
              A conspiração contra a família humana
            
            
              Seus seguidores foram procurá-lo, e ele, erguendo-se e assu-
            
            
              mindo um ar de desafio, informou-os de seus planos para arrebatar
            
            
              de Deus o nobre Adão e sua companheira Eva. Se pudesse de alguma
            
            
              maneira induzi-los à desobediência, Deus faria alguma provisão pela
            
            
              qual pudessem ser perdoados, e então, ele e todos os anjos caídos
            
            
              obteriam um provável meio de partilhar com eles a misericórdia
            
            
              de Deus. Se isto falhasse, podiam unir-se com Adão e Eva, pois
            
            
              se estes viessem a transgredir a lei divina ficariam sujeitos à ira de
            
            
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