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              História da Redenção
            
            
              vindoura. Quais João Batista, o precursor de Cristo, os pregadores
            
            
              punham o machado à raiz da árvore, e com todos insistiam em
            
            
              que produzissem frutos dignos de arrependimento. Seus fervorosos
            
            
              apelos achavam-se em evidente contraste com as afirmações de paz
            
            
              e segurança que se ouviam dos púlpitos populares; e, onde quer que
            
            
              a mensagem fosse apresentada, comovia o povo.
            
            
              O simples e direto testemunho das Escrituras, levado ao íntimo
            
            
              pelo poder do Espírito Santo, comunicava-lhes um peso de convicção
            
            
              a que poucos eram capazes de resistir inteiramente. Os que profes-
            
            
              savam a religião eram despertados de sua falsa segurança. Viam
            
            
              sua apostasia, mundanidade e incredulidade, seu orgulho e egoísmo.
            
            
              Muitos buscavam o Senhor com arrependimento e humilhação. As
            
            
              afeições tão longamente dedicadas às coisas terrenas, estavam agora
            
            
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              fixadas no Céu. O Espírito de Deus repousava sobre eles, e, com
            
            
              coração abrandado e subjugado, uniam-se para fazer soar o clamor:
            
            
              “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo.”
            
            
              Apocalipse 14:7
            
            
              .
            
            
              Pecadores, em lágrimas perguntavam: “Que devo fazer para me
            
            
              salvar?” Aqueles, cuja vida tinha sido assinalada pela desonestidade,
            
            
              estavam ansiosos por fazer a devida restituição. Todos os que en-
            
            
              contravam paz em Cristo anelavam ver outros participarem dessa
            
            
              bênção. O coração dos pais se convertia aos filhos, e o dos filhos
            
            
              aos pais. As barreiras do orgulho e reserva foram varridas. Fizeram-
            
            
              se confissões sinceras, e os membros da família trabalhavam pela
            
            
              salvação dos mais queridos e dos que mais perto se achavam.
            
            
              Freqüentemente se ouvia a voz de fervorosa intercessão. Por
            
            
              toda parte havia almas em profunda angústia, lutando com Deus.
            
            
              Muitos passavam em oração a noite toda para obter a certeza de que
            
            
              seus pecados estavam perdoados, ou pela conversão dos parentes
            
            
              e vizinhos. A fervorosa e determinada fé alcançava seus objetivos.
            
            
              Tivesse o povo de Deus continuado a ser tão importuno na oração, e
            
            
              apresentado suas petições ao trono da graça, teriam entrado na posse
            
            
              de uma experiência mais rica do que têm agora. Há muito pouca
            
            
              oração, muito pouca real convicção do pecado; e a falta de uma fé
            
            
              viva deixa muitos destituídos da graça tão ricamente provida por
            
            
              nosso gracioso Redentor.
            
            
              Todas as classes afluíam às reuniões adventistas. Ricos e pobres,
            
            
              grandes e humildes, achavam-se, por vários motivos, ansiosos por