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              História da Redenção
            
            
              estavam fazendo recuar, e também fazendo com que os anjos maus
            
            
              que os cercavam de todos os lados caíssem para trás.
            
            
              O clamor por livramento
            
            
              Foi uma hora de angústia medonha, terrível, para os santos. Dia
            
            
              e noite clamavam a Deus, pedindo livramento. Quanto à aparência
            
            
              exterior, não havia possibilidade de escapar. Os ímpios já tinham
            
            
              começado a triunfar, clamando: “Por que vosso Deus não vos livra de
            
            
              nossas mãos? Por que não ascendeis ao Céu, e salvais a vossa vida?
            
            
              Mas os santos não lhes prestavam atenção. Como Jacó, estavam a
            
            
              lutar com Deus. Os anjos ansiavam libertá-los, mas deviam esperar
            
            
              um pouco mais; o povo de Deus devia beber o cálice e ser batizado
            
            
              com o batismo. Os anjos, fiéis à sua incumbência, continuavam a
            
            
              vigiar. Deus não consentiria que Seu nome fosse vituperado entre os
            
            
              gentios. Quase chegara o tempo em que Ele deveria manifestar Seu
            
            
              grande poder, e gloriosamente libertar Seus santos. Pela glória de
            
            
              Seu nome desejava Ele libertar cada um daqueles que pacientemente
            
            
              O haviam esperado, e cujos nomes estavam escritos no livro.
            
            
              Foi-me indicado o fiel Noé. Quando a chuva desceu e veio o dilú-
            
            
              [408]
            
            
              vio, Noé e sua família já haviam entrado na arca, e Deus os encerrara
            
            
              ali. Noé tinha fielmente avisado os habitantes do mundo antedilu-
            
            
              viano, enquanto estes caçoavam e escarneciam dele. E quando as
            
            
              águas baixaram sobre a Terra, e um após outro se afogava, viam
            
            
              a arca, da qual haviam feito o objeto de tantas pilhérias, livre de
            
            
              perigo a flutuar sobre as águas, preservando o fiel Noé e sua família.
            
            
              Assim vi eu que o povo de Deus, o qual havia fielmente avisado o
            
            
              mundo de Sua ira vindoura, teria livramento. Deus não consentiria
            
            
              que os ímpios destruíssem aqueles que estavam esperando pela sua
            
            
              trasladação, e que se não encurvariam ao decreto da besta nem re-
            
            
              ceberiam o seu sinal. Vi, que, se fosse permitido aos ímpios matar
            
            
              aos santos, Satanás e todo seu exército maléfico, e todos os que
            
            
              odeiam a Deus, ficariam satisfeitos. E, oh! que triunfo seria para sua
            
            
              majestade satânica ter poder, na última luta finalizadora, sobre os
            
            
              que por tanto tempo haviam esperado ver Aquele a quem amaram!
            
            
              Aqueles que haviam zombado da idéia de os santos ascenderem para
            
            
              o Céu, serão testemunhas do cuidado de Deus para com o Seu povo,
            
            
              e contemplarão seu glorioso libertamento.