Capítulo 61 — O livramento dos santos
            
            
              Foi à meia-noite que Deus preferiu livrar o Seu povo. Estando
            
            
              os ímpios a fazer zombarias em redor deles, subitamente apareceu o
            
            
              Sol, resplandecendo em sua força e a Lua ficou imóvel. Os ímpios
            
            
              olhavam para esta cena com espanto, enquanto os santos viam, com
            
            
              solene alegria, os indícios de seu livramento. Sinais e maravilhas
            
            
              seguiam-se em rápida sucessão. Tudo parecia desviado de seu curso
            
            
              natural. Os rios deixavam de correr. Nuvens negras e pesadas su-
            
            
              biam e batiam umas nas outras. Havia, porém, um lugar claro de
            
            
              uma glória fixa, donde veio a voz de Deus, semelhante a muitas
            
            
              águas, abalando os céus e a Terra. Houve um grande terremoto. As
            
            
              sepulturas se abriram e os que haviam morrido na fé da mensagem
            
            
              do terceiro anjo, guardando o sábado, saíram de seus leitos de pó,
            
            
              glorificados, para ouvir o concerto de paz que Deus deveria fazer
            
            
              com os que tinham guardado a Sua lei.
            
            
              O Céu abria-se e fechava-se, e estava em comoção. As monta-
            
            
              nhas tremiam como uma vara ao vento, e lançavam por todos os
            
            
              lados pedras anfractuosas. O mar fervia como uma panela e lançava
            
            
              pedras sobre a terra. E, falando Deus o dia e a hora da vinda de
            
            
              Jesus, e declarando o concerto eterno com o Seu povo, proferia uma
            
            
              sentença e então silenciava, enquanto as palavras estavam a repercu-
            
            
              tir pela Terra. O Israel de Deus permanecia com os olhos fixos para
            
            
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              cima, ouvindo as palavras enquanto elas vinham da boca de Jeová
            
            
              e ressoavam pela Terra como estrondos do mais forte trovão. Era
            
            
              terrivelmente solene. No fim de cada sentença os santos aclamavam:
            
            
              “Glória! Aleluia!” Seus rostos iluminavam-se com a glória de Deus,
            
            
              e resplandeciam de glória como fazia o de Moisés quando desceu
            
            
              do Sinai. Os ímpios não podiam olhar para eles por causa da glória.
            
            
              E, quando a interminável bênção foi pronunciada sobre os que ha-
            
            
              viam honrado a Deus santificando o Seu sábado, houve uma grande
            
            
              aclamação de vitória sobre a besta e sua imagem.
            
            
              Começou então o jubileu em que a Terra deveria repousar. Vi o
            
            
              escravo piedoso levantar-se com vitória e triunfo, e sacudir as cadeias
            
            
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