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              História da Redenção
            
            
              sabia que Esaú tinha considerado levianamente sua primogenitura,
            
            
              vendendo-a a Jacó. Persuadiu a Jacó a enganar seu pai e pela fraude
            
            
              receber as bênçãos paternas, as quais pensava não pudessem ser ob-
            
            
              tidas de outra maneira. Jacó a princípio estava indisposto a praticar
            
            
              este engano, mas finalmente consentiu com os planos de sua mãe.
            
            
              Rebeca tinha conhecimento da parcialidade de Isaque para com
            
            
              Esaú, e estava convencida de que argumentos não mudariam o seu
            
            
              propósito. Em vez de confiar em Deus, o Ordenador dos eventos, ela
            
            
              manifestou sua falta de fé persuadindo Jacó a ludibriar seu pai. O
            
            
              procedimento de Jacó nisto não foi aprovado por Deus. Rebeca
            
            
              e Jacó deviam ter esperado que Deus executasse Seus próprios
            
            
              propósitos à Sua própria maneira, e em Seu próprio tempo, em
            
            
              vez de procurar cumprir os eventos preditos com a ajuda do engano.
            
            
              Se Esaú tivesse recebido a bênção de seu pai, que era confe-
            
            
              rida ao primogênito, sua prosperidade só poderia ter vindo de Deus;
            
            
              e Ele tê-lo-ia abençoado com prosperidade ou atraído sobre ele
            
            
              adversidade, de acordo com seu procedimento. Se ele amasse e reve-
            
            
              renciasse a Deus, como o justo Abel, poderia ser aceito e abençoado
            
            
              [89]
            
            
              por Deus. Se, como o ímpio Caim, ele não tivesse respeito por Deus
            
            
              nem por Seus mandamentos, mas seguisse sua própria conduta cor-
            
            
              rupta, não receberia a bênção de Deus e seria rejeitado, como foi
            
            
              Caim. Se a conduta de Jacó fosse justa, se amasse e temesse a Deus,
            
            
              seria abençoado por Deus, e a mão prosperadora de Deus seria com
            
            
              ele, ainda que não obtivesse a bênção e os privilégios geralmente
            
            
              concedidos ao primogênito.
            
            
              Jacó no exílio
            
            
              Rebeca arrependeu-se amargamente do conselho errado que ha-
            
            
              via dado a Jacó, pois isto significou sua separação dela para sempre.
            
            
              Ele foi compelido a fugir para salvar sua vida da ira de Esaú, e sua
            
            
              mãe nunca mais voltou a ver-lhe o rosto. Isaque viveu muitos anos
            
            
              depois de ter abençoado a Jacó, e ficou convencido, pela conduta de
            
            
              Esaú e Jacó, que a bênção certamente pertencia a Jacó.
            
            
              Jacó não foi feliz em seus casamentos, embora suas esposas
            
            
              fossem irmãs. Ele formulou com Labão um contrato de casamento
            
            
              com sua filha Raquel, a quem amava. Depois de ter servido sete
            
            
              anos por Raquel, Labão o enganou e lhe deu Lia. Quando Jacó