82
            
            
              História da Redenção
            
            
              tornasse maior do que eles. Pensavam tê-lo colocado onde não
            
            
              seriam mais atormentados com seus sonhos e onde não haveria
            
            
              possibilidade para seu cumprimento. Mas a própria conduta que
            
            
              seguiram Deus utilizou para fazer cumprir aquilo que desejavam
            
            
              jamais viesse a ocorrer — que ele tivesse domínio sobre eles.
            
            
              Deus não deixou José ir sozinho para o Egito. Anjos prepararam
            
            
              o caminho para sua recepção. Potifar, oficial de Faraó, capitão da
            
            
              guarda, comprou-o dos ismaelitas. E o Senhor esteve com José,
            
            
              prosperando-o e dando-lhe o favor de seu senhor, assim que todas
            
            
              as suas posses foram confiadas ao cuidado de José. “Potifar tudo
            
            
              o que tinha confiou às mãos de José, de maneira que, tendo-o por
            
            
              mordomo, de nada sabia, além do pão com que se alimentava.” Era
            
            
              considerado uma abominação um hebreu preparar alimento para um
            
            
              egípcio.
            
            
              Quando José foi tentado a desviar-se do caminho da retidão,
            
            
              transgredir a lei de Deus e mostrar-se infiel a seu senhor, firmemente
            
            
              resistiu e deu prova do elevado poder do temor de Deus em sua
            
            
              resposta à esposa de seu senhor. Depois de falar da grande confiança
            
            
              [102]
            
            
              que seu senhor depositava nele, entregando-lhe tudo o que tinha,
            
            
              exclamou: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria
            
            
              contra Deus?” Ele não seria persuadido a desviar-se do caminho
            
            
              da justiça e pisar sobre a lei de Deus por quaisquer incentivos ou
            
            
              ameaças.
            
            
              Quando foi acusado, e um crime vil lhe foi falsamente imputado,
            
            
              ele não se entregou ao desespero. Consciente de sua inocência e
            
            
              justiça ainda confiou em Deus. E Deus, que até então o defendera,
            
            
              não o desamparou. Foi preso em cadeias e metido numa sombria
            
            
              prisão. Contudo Deus transformou seu próprio infortúnio em uma
            
            
              bênção. Deu-lhe mercê com o carcereiro, e a José foi logo confiada
            
            
              a guarda de todos os prisioneiros.
            
            
              Aqui está um exemplo para todas as gerações que venham a
            
            
              existir sobre a Terra. Embora estejam expostos a tentações, devem
            
            
              sempre compreender que há uma defesa à mão e que será culpa
            
            
              sua se não forem preservados. Deus será um auxílio presente e Seu
            
            
              Espírito um escudo. Embora cercados das mais severas tentações,
            
            
              há uma fonte de energia, à qual podem recorrer para resistir a elas.
            
            
              Quão violento foi o assalto à moral de José! Veio de alguém
            
            
              de influência — alguém que era o máximo em habilidade para