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              História da Redenção
            
            
              deciam a Sua voz. Faraó, o orgulhoso rei que uma vez perguntara:
            
            
              “Quem é o Senhor para que Lhe ouça eu a voz?” humilhou-se e
            
            
              disse: “Esta vez pequei; o Senhor é justo, porém eu e o meu povo
            
            
              somos ímpios.” Suplicou a Moisés que fosse seu intercessor com
            
            
              Deus, para que os terríveis trovões e relâmpagos cessassem.
            
            
              Depois o Senhor mandou a terrível praga dos gafanhotos. O rei
            
            
              preferiu receber os flagelos a submeter-se a Deus. Sem remorso via
            
            
              seu reino inteiro sob o milagre desses tremendos juízos. O Senhor
            
            
              então enviou trevas sobre o Egito. Não somente estava o povo despo-
            
            
              jado de luz, mas a atmosfera era muito opressiva, de maneira que a
            
            
              respiração era difícil; entrementes, os hebreus tinham uma atmosfera
            
            
              pura e luz em suas habitações.
            
            
              Mais uma praga terrível Deus trouxe sobre o Egito, mais severa
            
            
              do que qualquer das anteriores. Foi o rei e os sacerdotes idólatras que
            
            
              se opuseram até ao fim ao pedido de Moisés. O povo desejava que
            
            
              fosse permitido aos hebreus deixar o Egito. Moisés relatou a Faraó
            
            
              e ao povo do Egito, e também aos israelitas, a natureza e efeito da
            
            
              última praga. Nessa noite, tão terrível para os egípcios e tão gloriosa
            
            
              [118]
            
            
              para o povo de Deus, foi instituída a solene ordenança da páscoa.
            
            
              Foi muito difícil, para o rei egípcio e seu povo arrogante e idó-
            
            
              latra, render-se às reivindicações do Deus do Céu. Muito relutante
            
            
              estava o rei do Egito para ceder. Enquanto sob terrível aflição, ele
            
            
              cedia um pouco; mas quando a aflição era removida, recusava tudo
            
            
              o que tinha concedido. Dessa maneira, praga após praga era trazida
            
            
              sobre o Egito, e ele cedia não mais do que era compelido pelas
            
            
              terríveis visitações da ira de Deus. O rei persistiu em sua rebelião
            
            
              mesmo depois que o Egito tinha sido arruinado.
            
            
              Moisés e Arão referiam a Faraó a natureza e efeito de cada praga,
            
            
              que se seguiria a sua recusa em deixar ir Israel. Cada vez ele viu
            
            
              essas pragas virem exatamente como lhe foi dito que viriam; mesmo
            
            
              assim ele não se rendia. Primeiro, apenas lhes deu permissão para
            
            
              sacrificar a Deus na terra do Egito; então, depois de o Egito ter sido
            
            
              afligido pela ira de Deus, concedeu que apenas os homens fossem.
            
            
              Depois de o Egito quase destruído pela praga dos gafanhotos, ele
            
            
              concedeu que seus filhos e esposas também fossem, mas que não
            
            
              levassem o gado. Moisés então comunicou ao rei que o anjo de Deus
            
            
              mataria os seus primogênitos.