Página 23 - O Maior Discurso de Cristo (2008)

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As bem-aventuranças
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experiência. Ao participarem de Seu amor, entrarão para o Seu
serviço a fim de salvar os perdidos. Participam dos sofrimentos de
Cristo e também participarão da glória que há de ser revelada. Unidos
com Ele em Sua obra, com Ele sorvendo o cálice da amargura, são
também participantes de Seu gozo.
Foi por meio de sofrimento que Jesus alcançou o ministério da
consolação. Em toda a angústia da humanidade foi angustiado; e
“naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos
que são tentados”.
Isaías 63:9
;
Hebreus 2:18
. Toda alma que entra em
comunhão com Ele neste ministério, tem o privilégio de participar
de Seus sofrimentos. “Como as aflições de Cristo abundam em nós,
assim também a nossa consolação abunda por meio de Cristo.”
2
Coríntios 1:5
. O Senhor tem graça especial para outorgar ao que
pranteia, graça cujo poder é abrandar corações e ganhar almas. Seu
amor abre caminho na alma ferida e quebrantada, e torna-se bálsamo
curativo para os que choram. “O Pai de misericórdias e o Deus de
toda a consolação... nos consola em toda a nossa tribulação para que
também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação
com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.”
2 Coríntios 1:3, 4
.
“Bem-aventurados os mansos.” Mateus 5:5.
Há, através das bem-aventuranças, uma progressão na experi-
ência cristã. Os que sentiram sua necessidade de Cristo, os que
choraram por causa do pecado, e se sentaram com Cristo na escola
[14]
da aflição, hão de, com o divino Mestre, aprender a ser mansos.
A paciência e a brandura ao sofrer ofensas, não eram caracte-
rísticos apreciados pelos pagãos e pelos judeus. A declaração feita
por Moisés sob a inspiração do Espírito Santo, de ser ele o homem
mais manso que havia sobre a Terra, não teria sido considerada pelo
povo de seu tempo como um louvor; teria antes excitado piedade ou
desprezo. Mas Cristo coloca a mansidão entre os primeiros atributos
necessários para habitar em Seu reino. Em Sua própria vida e caráter
revela-se a divina beleza dessa graça preciosa.
Jesus, o resplendor da glória do Pai, “não julgou que o ser igual
a Deus fosse coisa de que não devesse abrir mão, mas esvaziou-Se,
tomando a forma de servo”.
Filipenses 2:6, 7
. Consentiu em passar