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O Maior Discurso de Cristo
no monte da transfiguração? Há, na planície, almas escravizadas a
Satanás; elas esperam a palavra de fé e oração que as vá libertar.
Não somente devemos contemplar a glória de Cristo, mas tam-
bém falar de Suas excelências. Isaías não só contemplou a glória de
Cristo, mas também falou dEle. Enquanto Davi meditava, ardia o
fogo; então falou com sua língua. Ao meditar no maravilhoso amor
de Deus, não podia deixar de falar do que via e sentia. Quem pode
pela fé contemplar o maravilhoso plano da redenção, a glória do
unigênito Filho de Deus, e não falar disso? Quem pode contemplar
o insondável amor que na morte de Cristo foi manifesto na cruz do
Calvário, a fim de que não perecêssemos, mas tivéssemos a vida
eterna — quem poderá contemplar isso e não ter palavras com que
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exaltar a glória do Salvador?
“No Seu templo cada um diz: Glória.”
Salmos 29:9
. O suave
cantor de Israel louvou-O com a harpa, dizendo: “Falarei da magnifi-
cência gloriosa de Tua majestade e das Tuas obras maravilhosas. E se
falará da força dos Teus feitos terríveis; e contarei a Tua grandeza.”
Salmos 145:5, 6
.
A cruz do Calvário deve ser exaltada perante o povo, a fim de
que lhes absorva a mente e concentre os pensamentos. Então todas
as faculdades espirituais serão acompanhadas de um poder divino
que procede diretamente de Deus. Haverá então concentração das
energias em genuíno trabalho pelo Mestre. Como agentes vivos
para a iluminação da Terra os obreiros emitirão raios de luz para o
mundo.
Cristo aceita, oh! sim, de bom grado, todo agente humano que a
Ele se entrega. Ele une o humano ao divino, a fim de poder comunicar
ao mundo os mistérios do amor manifestado em carne. Acerca disto
falemos, oremos e cantemos; difundamos a mensagem de Sua glória
e prossigamos avante em direção às regiões de além.
As provações suportadas com paciência, as bênçãos recebidas
com gratidão, as tentações resistidas varonilmente, a mansidão, a
bondade, misericórdia e amor manifestados habitualmente, são luzes
que resplandecem no caráter, em contraste com as trevas do coração
egoísta, em que nunca brilhou a luz da vida.
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