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palavras encontrem entrada na alma, e levem o homem todo em
sujeição a Cristo, o agente humano há de, quando tentado e provado,
preferir sua própria inclinação em vez dos caminhos do Senhor. Eu
tivera esperança de que a verdade que tem estado a brilhar em raios
de luz claros e distintos depois da reunião de Mineápolis, inundasse
vossa alma. Mas pelas cartas que escrevestes, sei que não estais
andando na luz. ...
Seja qual for a posição que um homem ocupe em relação com a
casa publicadora, ele não deve receber uma soma exorbitante, pois
Deus não opera desta maneira. Faltou-vos uma visão espiritual, e
carecíeis da unção celestial, a fim de que vísseis que a obra de Deus
foi fundada em sacrifício, e unicamente com sacrifício pode ser
levada avante. ...
Tem havido, ligados à casa publicadora, os que não sabem e não
desejam saber por experiência quanto custou aos seus predecessores
desenvolver a obra. Quando estes últimos obreiros aceitaram tomar
parte nela, não entraram em parceria com Deus. Não reconhecem os
princípios e condições que têm de governar o instrumento humano
em cooperação com o divino. “Deus amou ao mundo de tal maneira
que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.” Homem algum que não seja parti-
cipante desse amor que se sacrifica, acha-se preparado para trabalhar
por Deus. Muitos andam erradios ao longo do caminho, agarrados
ao seu fardo de egoísmo, como se fosse precioso tesouro, cuidando
diligentemente de seguir o seu próprio caminho. Quando baterem
à porta do Céu, dizendo: “Senhor, Senhor, abre-nos!” muitos ouvi-
rão as palavras: “Aqui não entrará ninguém senão os que estão em
condições de receber a bênção celestial: ‘Muito bem, servo bom e
fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do
teu Senhor.’ Mas te serviste fielmente a ti mesmo, trabalhaste no teu
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próprio interesse egoísta, foste bom para ti mesmo. Não juntaste um
tesouro no Céu.”
Não nos é seguro, nem por um momento, nutrir indiferença
e descuido em relação à salvação de nossa alma. Muitos terão de
despertar e mudar seu procedimento, se é que se querem salvar. Estão
sobre nós os perigos dos últimos dias. A ligação com a influência
divina, mediante uma forte e viva fé operante, tão-somente, torna-nos
coobreiros de Deus. Os que se querem poupar à parte da religião que