Página 159 - Obreiros Evang

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Sugestões práticas
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Em lugar de se escusar por ter de se dirigir ao povo, o ministro
deve começar como quem sabe que está apresentando uma mensa-
gem de Deus. Cumpre-lhe tornar tão distintos os pontos essenciais
da verdade, como os marcos miliários, de maneira que o povo os
não deixe de ver.
O tempo é freqüentemente desperdiçado em explicar pontos que
na verdade não são importantes, e seriam aceitos sem a apresentação
de provas. Os pontos vitais, porém, devem ser tornados tão claros e
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impressivos quanto o permitam a linguagem e as provas.
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Concentração
— Alguns têm cultivado o hábito de demasiada
concentração. A faculdade de fixar a mente num assunto com ex-
clusão de todos os demais, é boa até certo ponto, mas os que põem
todo o vigor da mente em determinado sentido, são muitas vezes
deficientes em outros pontos. Na conversação, essas pessoas se tor-
nam fastidiosas, e fatigam o ouvinte. Seu estilo, quando escrevem,
carece de plasticidade. Ao falarem em público, o assunto que têm
em mente lhes absorve a atenção, e são arrastados a aprofundar-se
mais e mais no mesmo. Parecem descobrir conhecimento e clareza
à medida que se interessam e absorvem, mas poucos há que sejam
capazes de os seguir.
Há perigo de que esses homens plantem tão profundo a semente
da verdade que, a tenra haste nunca venha a atingir a superfície.
Mesmo as verdades mais essenciais, as que são por si mesmas claras
e patentes, podem-se achar tão cobertas de palavras que se tornem
obscuras e indistintas.
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Simplicidade
—O argumento é bom, oportunamente; mas pode-
se conseguir muito mais mediante a simples explanação da Palavra
de Deus. As lições de Cristo eram tão claramente ilustradas, que os
mais ignorantes lhes podiam apanhar facilmente o sentido. Jesus não
usava palavras difíceis em Seus discursos; servia-se de linguagem
simples, adequada ao espírito do povo comum. Não ia, no assunto
que expunha, mais longe do que eles O poderiam acompanhar.
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