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Obreiros Evangélicos
para voltar. Assim acontece com a alma que tem vagueado longe de
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Deus; acha-se tão impotente como a ovelha perdida; e, a não ser que
o amor divino a venha salvar, não poderá nunca encontrar o caminho
para Deus. Portanto, com que compaixão, com que sentimento,
com que persistência deve o subpastor buscar almas perdidas! Quão
voluntariamente deveria ele abnegar-se, sofrer fadigas e privações!
Há necessidade de pastores que, sob a direção do Sumo Pastor,
busquem os perdidos e extraviados. Isto significa suportar descon-
forto físico e sacrificar a comodidade. Significa uma terna solicitude
pelos que erram, uma compaixão e paciência divinas. Significa ou-
vir com simpatia relatos de erros, de degradações, de desespero e
miséria.
O verdadeiro pastor tem o espírito de esquecimento de si mesmo.
Perde de vista o próprio eu, a fim de poder praticar as obras de
Deus. Mediante a pregação da palavra e o ministério pessoal nos
lares do povo, aprende a conhecer-lhes as necessidades, as dores,
as provações: e, cooperando com Aquele que sabe, por excelência,
levar cuidados sobre Si, partilha de suas aflições, conforta-os nos
infortúnios, alivia-lhes a fome d’alma, e conquista-lhes o coração
para Deus. Nesta obra o ministro é assistido pelos anjos celestes, e
ele próprio é instruído e iluminado na verdade que torna sábio para
a salvação.
* * * * *
Em nossa obra o esforço individual conseguirá muito mais do
que se possa calcular. É pela falta disso que almas estão perecendo.
Uma alma é de valor infinito; seu preço é revelado pelo Calvário.
Uma alma ganha para Cristo será o instrumento em atrair outras, e
haverá um resultado sempre crescente de bênçãos e salvação.
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