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Obreiros Evangélicos
fonte de bênçãos e força, podia curar os doentes e levantar os mortos;
podia dar ordens à tempestade, e ela Lhe obedecia; todavia orava,
muitas vezes com grande clamor e lágrimas. Ele orava por Seus
discípulos, e por Si mesmo, identificando-Se assim com as criaturas
humanas. Era um poderoso suplicante. Como Príncipe da vida, tinha
poder com Deus, e prevalecia.
Os ministros que forem verdadeiros representantes de Cristo,
serão homens de oração. Com um fervor e fé a que se não pode
negar, hão de lutar com Deus para que os fortaleça e fortifique para
o serviço, e lhes santifique os lábios com um toque da brasa viva, a
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fim de que saibam falar Suas palavras ao povo.
A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Os olhos
da fé hão de distinguir a Deus bem próximo, e o suplicante poderá
obter preciosa prova do Seu divino amor e cuidado por ele. A oração
feita por Natanael saiu de um coração sincero e foi ouvida e atendida
pelo Mestre. O Senhor lê o coração de todos, e “a oração dos retos
é o Seu contentamento”.
Provérbios 15:8
. Ele não será tardio para
ouvir os que Lhe abrem o coração, não exaltando o próprio eu, mas
sentindo sinceramente sua fraqueza e indignidade.
Há necessidade de oração, sincera, fervorosa e angustiosa oração,
como a que fez Davi quando exclamou: “Como o cervo brama pelas
correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó Deus.” “Eis
que tenho desejado os Teus preceitos; vivifica-me por Tua justiça.”
“Tenho desejado a Tua salvação.” “A minha alma está anelante e
desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne
clamam pelo Deus vivo.”
Salmos 42:1
;
119:40, 174
;
84:2
.
Os que mais eficazmente ensinam e pregam, são os que humil-
demente esperam em Deus, e aguardam ansiosamente Sua guia e
graça. Vigiar, orar e trabalhar — eis a divisa do cristão. A vida de
um verdadeiro cristão, é de oração constante. Ele sabe que a luz e
as forças de hoje, não bastam para as provas e conflitos de amanhã.
Satanás está continuamente mudando suas tentações. Cada dia sere-
mos colocados em circunstâncias diversas; e, nas novas cenas que
nos esperam, ver-nos-emos rodeados de novos perigos, e constante-
mente assaltados por novas e inesperadas tentações. É unicamente
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mediante a resistência e a graça obtidas do Céu que podemos esperar
fazer frente às tentações, e cumprir os deveres que se acham diante
de nós.