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Obreiros Evangélicos
Muitos dos que são classificados para fazer um trabalho exce-
lente obtêm pouco porque pouco empreendem. Muitos atravessam a
vida como se não tivessem nenhum grande objetivo, nenhum ideal a
atingir. Uma das razões por que tal sucede é avaliarem-se abaixo de
seu valor real. Cristo pagou um infinito preço por nós, e deseja que
nos mantenhamos à altura do preço que Lhe custamos.
Não vos contenteis em atingir ideal baixo. Não somos o que
poderíamos ser e o que Deus quer que sejamos. Deus nos concedeu
faculdades de raciocínio, não para que fiquem inativas ou sejam
pervertidas por ocupações terrenas e sórdidas, mas para que sejam
desenvolvidas ao máximo, refinadas, santificadas, enobrecidas e em-
pregadas no avanço dos interesses de Seu reino. ...
Lembrai-vos de que em qualquer posição em que servirdes estais
revelando motivos, desenvolvendo o caráter. Seja qual for vosso
trabalho, fazei-o com exatidão, com diligência; vencei a inclinação
de procurar uma ocupação fácil.
O mesmo espírito e princípios que animam o trabalho de cada
dia, manifestar-se-ão através de toda a vida. Os que desejam ape-
nas uma quantidade determinada de trabalho e um salário fixo, e
que procuram encontrar uma atividade exatamente adaptada às suas
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aptidões, sem a necessidade de se preocupar em adquirir novos co-
nhecimentos e em aperfeiçoar-se, não são os que Deus chama a
trabalhar em Sua causa. Os que procuram dar o menos possível de
suas forças físicas, espirituais e morais não são os trabalhadores so-
bre quem derramará abundantes bênçãos. Seu exemplo é contagioso.
O interesse próprio é seu móvel supremo. Os que necessitam ser
vigiados e trabalham apenas quando cada dever lhes é especificado
não pertencem ao número dos que serão chamados bons e fiéis.
Precisam-se obreiros que manifestem energia, integridade, diligên-
cia, e que estejam prontos a colaborar no que seja necessário que
façam.
Muitos se tornam inúteis fugindo a responsabilidades com receio
de insucesso. Deixam assim de adquirir a educação que provém das
lições da experiência, e que a leitura ou estudo e quaisquer outras
vantagens ganhas não lhes podem dar.
O homem pode moldar as circunstâncias, mas não deve permitir
que as circunstâncias o moldem a ele. Devemos aproveitá-las como