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Obreiros Evangélicos
possuir uma positividade e força que levem convicção à consciên-
cia. O povo conhece tão pouco da Bíblia, que se devem dar lições
práticas, definidas, quanto à natureza do pecado, e ao seu remédio.
O obreiro nunca deve deixar parte do trabalho por fazer, porque
esta lhe não agrade, pensando que o ministro que vier depois a fará
por ele. Quando assim acontece, se vem um segundo ministro, e
apresenta as exigências de Deus quanto a Seu povo, alguns voltam
atrás, dizendo: “O ministro que nos trouxe a verdade, não mencionou
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essas coisas.” E se escandalizam com a palavra. Alguns recusam
aceitar o sistema do dízimo; afastam-se, e não se unem mais com
os que crêem na verdade e a amam. Quando outros pontos lhes
são expostos, dizem: “Não nos foi ensinado assim”, e hesitam em
avançar. Quanto melhor teria sido se o primeiro mensageiro da
verdade houvesse educado fiel e cabalmente esses conversos quanto
a todos os assuntos essenciais, mesmo que poucos se houvessem
unido à igreja pelo seu trabalho. Deus ficaria mais satisfeito com seis
pessoas inteiramente convertidas à verdade, do que com sessenta
fazendo profissão de fé, mas não estando de fato convertidas.
É parte da obra do ministro ensinar os que aceitam a verdade
mediante seus esforços, a trazerem os dízimos ao tesouro, como
testemunho de que reconhecem sua dependência de Deus. Os recém-
conversos devem ser plenamente esclarecidos com relação ao seu
dever de devolver ao Senhor o que Lhe pertence. O mandamento
de pagar o dízimo é tão claro, que não há sombra de desculpa para
desatendê-lo. Aquele que negligencia dar instruções a esse respeito,
deixa por fazer uma parte importantíssima de sua obra.
Os ministros devem procurar também impressionar o povo com
respeito à importância de tomarem outras responsabilidades em
relação à obra de Deus. Ninguém é isento da obra de liberalidade.
Deve-se ensinar ao povo que cada departamento da causa de Deus
lhes deve merecer o apoio e atrair o interesse. O grande campo
missionário acha-se aberto diante de nós, e esse assunto deve ser
agitado, agitado, uma e outra vez. Deve-se fazer o povo compreender
que não serão os ouvintes, mas os obradores da Palavra, os que hão
de alcançar a vida eterna. E é mister que se lhes ensine também
que os que se tornam participantes da graça de Cristo, não somente
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devem partilhar seus recursos para o avançamento da verdade, mas
cumpre-lhes entregar-se também, sem reservas, a Deus.