Página 407 - Obreiros Evang

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A justa remuneração para os ministros
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um para outro país. A natureza de seu trabalho assim o exige. Essas
freqüentes mudanças, porém, obrigam-no a sérias despesas. Depois,
também, para exercer uma boa influência, sua esposa e filhos e ele
próprio, devem dar um bom exemplo quanto a vestir-se com decência
e correção. Sua aparência pessoal, sua residência e os arredores da
mesma — tudo deve falar em favor da verdade que defendem. Eles
devem parecer sempre animados e bem dispostos, a fim de levarem
raios de sol aos que necessitam de auxílio. Esses obreiros são muitas
vezes obrigados a hospedar os irmãos, e ao mesmo tempo que isso
lhes é um prazer, é também uma despesa adicional.
É uma terrível injustiça uma comissão de salários decepcionar
um digno ministro que se acha em necessidade de cada moeda que
tem sido levado a esperar. O Senhor declara: “Porque Eu, o Senhor,
amo o juízo; aborreço o que foi roubado, oferecido em holocausto.”
Isaías 61:8 (TT)
. Ele quer que Seu povo manifeste um espírito liberal
em todo o seu trato com seus companheiros. O princípio que serve
de base a Sua ordem ao antigo Israel: “Não atarás a boca ao boi,
quando trilhar” (
1 Coríntios 9:9
; ver
Deuteronômio 25:4
), é um
princípio que nunca deve ser posto de lado por alguém que tenha
de tratar da remuneração dos que se dedicaram ao avançamento da
causa de Deus no mundo, e que empregam suas forças em elevar
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o espírito dos homens da contemplação das coisas terrestres à das
celestiais. Deus ama a esses obreiros, e quer que os homens lhes
respeitem os direitos.
O sistema de oito horas não encontra lugar no programa do
ministro de Deus. Ele deve-se manter de prontidão a qualquer hora.
Deve conservar sua vida e energia; pois se é apático e indolente, não
pode exercer uma influência salvadora. Se ocupa uma posição de
responsabilidade, deve estar preparado para assistir a reuniões de
comissão e concílios, passando horas num trabalho cansativo para o
cérebro e os nervos, fazendo planos para o avançamento da causa.
Essa espécie de trabalho é um pesado encargo para a mente e o
corpo.
O ministro que tem uma devida apreciação do serviço, considera-
se como servo de Deus pronto a atender a qualquer momento.
Quando, com Isaías, ouve a voz do Senhor, dizendo: “A quem envia-
rei, e quem há de ir por nós?” ele responde: “Eis-me aqui, envia-me
a mim.”
Isaías 6:8
. Não pode dizer: Eu me pertenço; farei o que