Página 43 - Obreiros Evang

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Cristo, nosso exemplo
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sobre aqueles a quem buscava abençoar e salvar. Não obstante, não
vacilava nem ficava desanimado.
Em todas as coisas punha Seus desejos em estrita obediência à
Sua missão. Glorificava Sua vida por torná-la em tudo submissa à
vontade de Seu Pai. Quando, na Sua juventude, Sua mãe, ao encontrá-
Lo na escola dos rabis, disse: “Filho, por que fizeste assim para
conosco?” Ele respondeu — e Sua resposta é a nota tônica de Sua
obra vitalícia — “Por que é que Me procuráveis? Não sabeis que
Me convém tratar dos negócios de Meu Pai?”
Lucas 2:48, 49
.
Sua vida foi de constante abnegação. Não possuía lar neste
mundo, a não ser o que a bondade dos amigos Lhe preparava como
peregrino. Veio viver em nosso favor a vida do mais pobre, e andar
e trabalhar entre os necessitados e sofredores. Entrava e saía, não
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reconhecido nem honrado, diante do povo por quem tanto fizera.
Era sempre paciente e animoso, e os aflitos O saudavam como
a um mensageiro de vida e paz. Via as necessidades de homens e
mulheres, crianças e jovens, e a todos dirigia o convite: “Vinde a
Mim.”
Durante Seu ministério Jesus dedicou mais tempo a curar os
enfermos do que a pregar. Seus milagres testificavam da veracidade
de Suas palavras, de que não veio a destruir, mas a salvar. Aonde quer
que fosse, as novas de Sua misericórdia O precediam. Por onde havia
passado, os que haviam sido alvo de Sua compaixão se regozijavam
na saúde, e experimentavam as forças recém-adquiridas. Multidões
ajuntavam-se em torno deles para ouvir de seus lábios as obras que
o Senhor realizara. Sua voz havia sido o primeiro som ouvido por
muitos, Seu nome o primeiro proferido, Seu rosto o primeiro que
contemplaram. Por que não haveriam de amar a Jesus e proclamar-
Lhe o louvor? Ao passar por vilas e cidades, era como uma corrente
vivificadora, difundindo vida e alegria. ...
O Salvador tornava cada ato de cura uma ocasião para implantar
princípios divinos na mente e na alma. Esse era o desígnio de Sua
obra. Comunicava bênçãos terrestres, para que pudesse inclinar o
coração dos homens ao recebimento do evangelho da Sua graça.
Cristo poderia ter ocupado o mais elevado lugar entre os mestres
da nação judaica, mas preferiu levar o evangelho aos pobres. Ia de
lugar a lugar, para que os que se achavam nos caminhos e atalhos
pudessem ouvir as palavras da verdade. Na praia, nas encostas das