Página 95 - Obreiros Evang

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Ministros jovens trabalhando com ministros mais idosos
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O apóstolo Paulo viu a importância de exercitar obreiros mais
moços. Depois de fazer uma viagem missionária, ele e Barnabé
tornaram a passar pelos mesmos lugares, e visitaram as igrejas que
haviam organizado, escolhendo homens que podiam unir com eles
próprios, a fim de os preparar para a obra de proclamar o evangelho.
Paulo tornou parte de sua obra o educar moços para o ministério
evangélico. Levava-os consigo em suas viagens missionárias, e assim
adquiriram uma experiência que os habilitou mais tarde a ocupar
posições de responsabilidade. Deles separado, conservou-se em
contato com sua obra, e suas cartas a Timóteo e a Tito são uma
demonstração de quão profundo era seu desejo de que fossem bem-
sucedidos. “O que... ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam
idôneos para também ensinarem os outros.”
2 Timóteo 2:2
.
Esse aspecto da obra de Paulo ensina aos ministros de hoje im-
portante lição. Os obreiros experientes fazem nobre serviço quando,
em lugar de procurar levar sozinhos toda a responsabilidade, pre-
param os mais moços, colocando-lhes encargos sobre os ombros.
É desejo de Deus que os que têm conseguido experiência em Sua
causa, exercitem os jovens para Seu serviço.
O obreiro mais moço não se deve imbuir tanto das idéias e
opiniões daquele sob cuja direção for colocado, que perca sua in-
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dividualidade. Não deve imergir sua identidade na daquele que o
está instruindo, de maneira que não se atreva a usar o próprio dis-
cernimento, mas faça o que for mandado, a despeito de seu próprio
critério do que é direito ou errado. É seu privilégio aprender por si
mesmo com o grande Mestre. Se a pessoa com quem estiver traba-
lhando seguir um caminho que não se achar em harmonia com um
“Assim diz o Senhor”, não busque ele qualquer grupinho, mas dirija-
se aos superiores em posição, e exponha o caso, exprimindo-lhes
francamente suas idéias. Por esse modo o discípulo se pode tornar
uma bênção para o que o instrui. Ele se deve desempenhar fielmente
de seu dever. Deus não o terá por inocente se tiver conivência com
um procedimento incorreto, exerça embora o que assim procede
uma grande influência, ou sejam grandes suas responsabilidades.
Os moços serão solicitados a unirem-se a antigos porta-
estandartes para que sejam fortalecidos e ensinados por esses fiéis,
que já atravessaram tantos conflitos, e aos quais mediante o teste-
munho de Seu Espírito, Deus tem tantas vezes falado, indicando