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A fonte do poder vencedor
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Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende: não
é este um tição tirado do fogo? Ora, Josué, vestido de vestes sujas,
estava diante do anjo.”
Zacarias 3:1-3
.
O povo de Deus é aqui representado como um delinqüente, em
juízo. Josué como sumo sacerdote, pede uma bênção para seu povo
que está em grande aflição. Enquanto suplica a Deus, Satanás está à
sua direita, como antagonista. Acusa os filhos de Deus e faz seu caso
parecer tão desesperador quanto possível. Expõe ao Senhor seus pe-
cados e faltas. Aponta seus erros e fracassos, esperando que pareçam
aos olhos de Cristo num caráter tal, que não lhes prestará auxílio
em sua grande necessidade. Josué, como representante do povo de
Deus, está sob condenação, cingido de vestes imundas. Consciente
dos pecados de seu povo está opresso de desânimo. Satanás carrega
a pessoa com um sentimento de culpa que a faz sentir-se quase sem
esperança. Todavia, ali permanece como suplicante, com Satanás
disposto contra ele.
A obra de Satanás como acusador, começou no Céu. Desde a
queda do homem, esta tem sido sua obra na Terra, e sê-lo-á num
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sentido especial à medida que nos aproximarmos do fim da história
deste mundo. Vendo que tem pouco tempo, trabalhará com maior
fervor para iludi-los e destruí-los. Está irado porque vê aqui na Terra
homens que, mesmo em sua fraqueza e pecaminosidade, manifestam
respeito à lei de Jeová. Decidiu que não devem obedecer a Deus.
Deleita-se em sua indignidade, e arma ciladas a cada alma para que
todas sejam enredadas e alienadas de Deus. Tenta acusar e condenar
a Deus e a todos os que se empenham em levar a efeito neste mundo
Seus desígnios em graça e amor, compaixão e clemência.
Toda manifestação do poder de Deus em favor de Seu povo,
provoca a inimizade de Satanás. Toda vez que Deus opera em prol
deles, Satanás e seus anjos também operam com vigor renovado
para lhes ocasionar a ruína. Inveja todos quantos fazem de Cristo sua
força. Seu objetivo é instigar o mal, e se alcança êxito, lança toda a
culpa sobre os tentados. Aponta-lhes as vestes imundas e o caráter
imperfeito. Apresenta-lhes a sua fraqueza, loucura, os pecados de
ingratidão e a dessemelhança de Cristo, a qual tem desonrado seu
Redentor. Tudo isso expõe como argumento para provar o direito de
destruí-los. Tenta terrificar o ser humano pelo pensamento de que
seu caso é sem esperança, e nunca poderão ser lavadas as manchas