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Parábolas de Jesus
O caráter do juiz, na parábola, que não temia a Deus nem respei-
tava os homens, foi apresentado por Cristo para mostrar a espécie
de justiça então exercida, e que seria brevemente testemunhada em
Seu julgamento. Deseja que, em todo o tempo, os Seus reconheçam
quão pouco, no dia da adversidade, podem confiar em governantes
e juízes terrestres. Freqüentemente o povo eleito de Deus precisa
comparecer perante homens que desempenham funções oficiais, e
não fazem da Palavra de Deus seu guia e conselheiro, antes seguem
seus próprios impulsos não consagrados nem disciplinados.
Na parábola do juiz injusto, mostrou Cristo o que devemos fazer.
“E Deus não fará justiça a Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia
e de noite?”
Lucas 18:7
. Cristo, nosso exemplo, nada fez para Se
justificar e livrar. Confiou Sua causa a Deus. Assim Seus seguidores
não devem acusar nem condenar, ou recorrer à violência, para se
livrarem.
Se surgem provações que parecem inexplicáveis, não devemos
permitir que nossa paz nos seja roubada. Conquanto sejamos trata-
dos injustamente, não demonstremos raiva. Alimentando o espírito
de represália, prejudicamo-nos a nós mesmos. Destruímos nossa
confiança em Deus e entristecemos o Espírito Santo. Ao nosso lado
está uma Testemunha, um Mensageiro celestial, que levantará o es-
tandarte contra o inimigo. Envolver-nos-á com os brilhantes raios
do Sol da Justiça. Além disso, Satanás não pode penetrar. Não pode
atravessar esse escudo de luz sagrada.
Enquanto o mundo progride na perversidade, nenhum de nós
se lisonjeie de que não terá dificuldades. Todavia, justamente essas
dificuldades nos levam à sala de audiência do Altíssimo. Podemos
pedir conselho Àquele que é infinito em sabedoria.
O Senhor diz: “Invoca-Me no dia da angústia.”
Salmos 50:15
.
Convida-nos a Lhe expormos nossas perplexidades e carências, e
nossa necessidade de auxílio divino. Exorta-nos a perseverar na ora-
ção. Logo que surjam dificuldades, devemos apresentar-Lhe nossas
petições sinceras e francas. Pelas orações insistentes evidenciamos
nossa forte confiança em Deus. O senso de nossa necessidade nos
induz a orar com fervor, e nosso Pai celestial é movido por nossas
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súplicas.
Muitas vezes aqueles que por sua fé sofrem afrontas e perse-
guições, são tentados a pensar que Deus os esqueceu. Aos olhos