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Parábolas de Jesus
Deus, e a Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.”
Mateus 6:33
.
Desta maneira interpretava Jesus a mensagem que Ele mesmo
dera aos lírios e à relva do campo. Ele quer que a leiamos em cada
lírio e em cada haste da relva. Suas palavras estão cheias de consola-
doras afirmações e são próprias para fortalecer a confiança em Deus.
Tão ampla era a visão que Cristo tinha da verdade, e tão extensos os
Seus ensinamentos, que cada aspecto da natureza foi utilizado para
ilustrar verdades. As cenas, sobre que os olhos descansam cotidia-
namente, foram todas relacionadas com alguma verdade espiritual,
de modo que a natureza está revestida das parábolas do Mestre.
Na primeira parte do Seu ministério, falara Cristo ao povo com
palavras tão simples, que todos os Seus ouvintes podiam compre-
ender as verdades que os tornariam sábios para a salvação. Mas em
muitos corações a verdade não se enraizara, e logo foi tirada. “Por
isso, lhes falo por parábolas”, dizia Ele. “Porque eles, vendo, não
vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem. Porque o coração
deste povo está endurecido, e ouviu de mau grado com seus ouvidos
e fechou seus olhos.”
Mateus 13:13, 15
.
Jesus desejava despertar a indagação. Procurou despertar os
indiferentes e impressionar-lhes o coração com a verdade. O ensino
por parábolas era popular e atraía o respeito e a atenção, não só dos
judeus mas também dos de outras nações. Ele não poderia haver
usado método de ensino mais eficaz. Se Seus ouvintes desejassem
o conhecimento das coisas divinas, poderiam compreender-Lhe as
palavras, pois estava sempre pronto para explicá-las ao inquiridor
sincero.
Cristo também tinha verdades para apresentar, as quais o povo
não estava preparado para aceitar, nem mesmo compreender. Este
é outro motivo, por que Ele lhes ensinava por parábolas. Relacio-
nando Seu ensino com cenas da vida, da experiência ou da natureza,
assegurava a atenção e impressionava os corações. Mais tarde, ao
olharem os objetos que Lhe haviam ilustrado os ensinos, lhes viriam
à lembrança as palavras do divino Mestre. Às mentes que estavam
abertas para o Espírito Santo foi, cada vez mais, desdobrada a sig-
nificação dos ensinos do Salvador. Mistérios eram esclarecidos, e
aquilo que fora difícil de compreender se tornava evidente.