10
Parábolas de Jesus
levava Cristo a mente do homem em contato com a Mente Infinita.
Não atraía a multidão para estudar teorias humanas sobre Deus e
Sua palavra ou obras. Ensinava-os a contemplá-Lo manifestado em
Suas obras, palavras e providências.
Cristo não tratava de teorias abstratas, mas daquilo que é essen-
cial ao desenvolvimento do caráter, e que ampliará a capacidade
humana para conhecer a Deus, aumentando-lhe a eficiência para
fazer o bem. Falava aos homens das verdades que se relacionam
com a conduta da vida e se prendem à eternidade.
Era Cristo que dirigia a educação de Israel. A respeito dos man-
damentos e prescrições do Senhor, dizia: “E as intimarás a teus filhos
e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e
deitando-te, e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão,
e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos um-
brais de tua casa e nas tuas portas.”
Deuteronômio 6:7-9
. Em Seus
ensinos mostrava Jesus como este mandamento devia ser cumprido,
como as leis e princípios do reino de Deus podiam ser apresenta-
dos de modo que lhe revelassem a beleza e preciosidade. Quando
o Senhor educava os filhos de Israel para se tornarem Seus repre-
sentantes peculiares, deu-lhes moradia entre as colinas e vales. Na
vida familiar e em seu serviço religioso, eram levados em contínuo
contato com a natureza e com a Palavra de Deus. Assim ensinava
Cristo a Seus discípulos, junto ao lago, na encosta das montanhas,
nos campos e nos bosques, onde podiam contemplar as obras da
natureza, com as quais ilustrava Seus ensinos. Aprendendo então de
Cristo, utilizavam o conhecimento recebido, tornando-se coobreiros
em Seu trabalho.
Assim, pela criação, devemos conhecer o Criador. O livro da
natureza é um grande guia que devemos usar em conexão com
as Sagradas Escrituras, para ensinar a outros sobre Seu caráter e
reconduzir ovelhas perdidas ao redil de Deus. Ao estudarmos as
obras de Deus, o Espírito Santo faz raiar convicção na mente. Não
é a convicção que o raciocínio lógico produz; mas, a não ser que a
mente se tenha tornado muito entenebrecida para reconhecer a Deus,
muito turvos os olhos para vê-Lo, os ouvidos muito moucos para
ouvir-Lhe a voz, uma significação mais profunda é apreendida, e
as sublimes verdades espirituais da Palavra escrita são gravadas no
coração.