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Parábolas de Jesus
O filho que por algum tempo negou obedecer ao mandado do
pai não foi condenado por Cristo; mas, tampouco foi louvado. A
classe que age como o primeiro filho, recusando obediência, não
merece louvor por seu procedimento. Sua franqueza não deve ser
considerada virtude. Santificada pela verdade e santidade tornaria
os homens testemunhas destemidas para Cristo. Usada como é pelo
pecador, porém, é insultante e arrogante, e aproxima-se da blasfêmia.
O fato de um homem não ser hipócrita não lhe diminui a pecamino-
sidade. Quando os apelos do Espírito Santo atingirem ao coração,
nossa única segurança está em a eles responder sem tardar. Quando
vier o chamado: “Vai trabalhar hoje na Minha vinha”, não recuseis
o convite. “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso
coração.”
Hebreus 4:7
. É perigoso postergar a obediência. Podeis
nunca mais ouvir o convite.
E ninguém se lisonjeie de que o pecado acariciado algum tempo
pode ser deixado facilmente aos poucos. Não acontece assim. Todo
pecado acariciado debilita o caráter e fortalece o hábito; a depravação
física, mental e moral é a conseqüência. Podeis arrepender-vos do
erro que cometestes, e pôr os pés no caminho justo, porém, o molde
de vosso espírito e a familiaridade com o mal vos tornarão difícil
distinguir entre o bem e o mal. Pelos maus hábitos formados, Satanás
vos atacará sempre e sempre.
No mandamento: “Vai trabalhar hoje na Minha vinha”, é provada
a sinceridade de todo ser humano. Haverá ações tão boas quanto
as palavras? Utilizará o que foi chamado todo o conhecimento que
possui, trabalhando fiel e desinteressadamente para o Proprietário
da vinha?
O apóstolo Pedro nos ensina a respeito do plano, segundo o qual
devemos trabalhar. “Graça e paz vos sejam multiplicadas”, disse
ele, “pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Visto
como o Seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e
piedade, pelo conhecimento dAquele que nos chamou por Sua glória
e virtude, pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas
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promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina,
havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no
mundo.
“E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai
à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança,