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Como enriquecer a personalidade
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maldição. Nesta vida é uma armadilha para a pessoa, por desviar as
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afeições do tesouro celeste. No grande dia de Deus seu testemunho
contra os talentos não usados e as oportunidades negligenciadas,
condenará o seu possuidor. A Escritura diz: “Eia, pois, agora vós,
ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de
vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão
comidas da traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e
a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a
vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o salário
dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi
diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos
ouvidos do Senhor dos Exércitos.”
Tito 5:1-4
.
Cristo não sanciona, porém, o uso pródigo e extravagante dos
bens. Sua lição de economia: “Recolhei os pedaços que sobejaram,
para que nada se perca” (
João 6:12
), é para todos os Seus seguidores.
Quem reconhecer que seu dinheiro é um talento de Deus, utilizá-lo-á
economicamente, e sentirá que o poupar para poder dar, lhe é um
dever.
Quanto mais gastarmos em ostentação e satisfação dos prazeres,
tanto menos teremos para alimentar o faminto e vestir o nu. Todo
níquel usado desnecessariamente tira a oportunidade preciosa de
fazer o bem. Roubam-se a Deus a honra e glória que para Ele deviam
refluir pelo aproveitamento dos talentos por Ele outorgados.
Afeto e cordialidade
O afeto, os impulsos generosos, e a pronta apreensão das coisas
espirituais são talentos preciosos, e colocam o seu possuidor sob
pesada responsabilidade. Todos devem ser empregados no serviço de
Deus; porém, nisso muitos erram. Satisfeitos com essas qualidades,
deixam de introduzi-las no serviço ativo por outros. Lisonjeiam-se
de que se tivessem oportunidade, se as circunstâncias fossem favo-
ráveis, fariam grande e boa obra. Aguardam, porém, a oportunidade.
Desprezam a mesquinhez do pobre avarento que nega uma esmola
até ao necessitado. Vêem que ele está vivendo para si e é responsá-
vel pelos talentos mal empregados. Com muita complacência fazem
contraste entre eles e esses homens mesquinhos, sentindo que sua
condição é mais favorável que a do vizinho desumano. Entretanto,