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Parábolas de Jesus
que seu próprio exemplo endureceu o coração dos filhos. A boa
semente não acha lugar para se enraizar, e Satanás a arranca.
No pedregal
“Porém o que foi semeado em pedregais é o que ouve a Palavra
e logo a recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo; antes, é
de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição por causa
da Palavra, logo se ofende.”
Mateus 13:20, 21
.
[16]
A semente lançada no pedregal encontra solo pouco profundo.
A planta brota rapidamente, mas as raízes não podem penetrar no
rochedo a fim de obter nutrição para sustentar seu crescimento, e
logo perece. Muitos que professam religião são ouvintes de pedre-
gais. Como a rocha está sob o sedimento de terra, está o egoísmo
próprio do coração natural sob os bons desejos e aspirações. O
amor ao próprio eu não está subjugado. Ainda não viram a extra-
ordinária iniqüidade do pecado, e o coração não está humilhado
pelo sentimento de culpabilidade. Esta classe pode ser convencida
com facilidade e parecer de promissores conversos, mas só possuem
religião superficial.
Não é por aceitarem a Palavra imediatamente, nem por se ale-
grarem na mesma, que os homens apostatam. Quando Mateus ouviu
o chamado do Salvador, levantou-se imediatamente, deixou tudo e
O seguiu. Deus quer que aceitemos a Palavra divina logo que venha
a nosso coração, e é justo que a recebamos com alegria. Haverá
“alegria no Céu por um pecador que se arrepende” (
Lucas 15:7
), e
há alegria na alma que crê em Cristo. Mas aqueles de quem se fala
na parábola, que aceitam logo a Palavra, não calculam o custo. Não
ponderam o que deles exige a Palavra de Deus. Não a confrontam
diretamente com todos os seus hábitos de vida e não se submetem
completamente à sua direção.
As raízes da planta penetram profundamente no solo, e ocultas
a nossos olhos alimentam-lhe a vida. Assim é com os cristãos; a
vida espiritual é alimentada pela união invisível da alma com Cristo,
mediante a fé. Mas os ouvintes de pedregais confiam em si mesmos,
em vez de confiar em Cristo. Depositam sua confiança nas boas
obras e bons motivos, e estão fortes em sua própria justiça. Não