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Parábolas de Jesus
Na parábola, os primeiros obreiros concordaram em trabalhar
por uma soma estipulada, e receberam a quantia especificada. Nada
mais. Os assalariados mais tarde creram na promessa do mestre:
“Dar-vos-ei o que for justo.”
Mateus 20:4
. Mostraram confiança
nele, nada perguntando a respeito do salário. Confiaram em sua
justiça e eqüidade. Foram recompensados, não de acordo com o que
trabalharam, mas segundo a generosidade do pai de família.
Assim deseja Deus que confiemos nEle, que justifica o ímpio.
Seu galardão é dado, não proporcionalmente ao nosso mérito, mas
conforme Seu propósito, “que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Efésios 3:11
. “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito,
mas, segundo a Sua misericórdia, nos salvou.”
Tito 3:5
. E aos que
nEle confiam fará “muito mais abundantemente além daquilo que
pedimos ou pensamos”.
Efésios 3:20
.
Não a soma do trabalho que executamos, nem seus resultados
visíveis, mas o espírito com que o fazemos, é que o torna valioso
para Deus. Os que foram à vinha à undécima hora, estavam gratos
pela oportunidade de trabalhar. Seu coração estava cheio de gratidão
àquele que os recebera; e quando no fim do dia o pai de família
lhes pagou uma jornada completa, ficaram muito surpreendidos.
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Sabiam que não mereciam tal recompensa. E a bondade expressa no
semblante de Seu amo encheu-os de júbilo. Jamais esqueceram a
benignidade do patrão nem a generosa recompensa que receberam.
Assim é com o pecador que, conhecendo sua indignidade, entrou na
vinha do Mestre à undécima hora. Seu tempo de serviço parece tão
curto, sente que não merece recompensa; porém, enche-se de alegria
porque, sobretudo, Deus o aceitou. Labuta com espírito humilde e
confiante, grato pelo privilégio de ser um coobreiro de Cristo. Deus
Se deleita em honrar este espírito.
O Senhor deseja que descansemos nEle sem pensar na medida do
galardão. Quando Cristo habita na alma, o pensamento de remunera-
ção não é supremo. Este não é o motivo impelente do nosso serviço.
Verdade é que num sentido secundário devemos olhar à recompensa.
Deus deseja que apreciemos as bênçãos prometidas; mas não que
sejamos ávidos de remuneração, nem sintamos que para cada serviço
devamos receber compensação. Não devemos estar tão ansiosos de
obter o galardão, como de fazer o que é justo, independentemente