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Parábolas de Jesus
manifesto pelo Espírito Santo, é o tesouro do Novo. Nosso Salvador,
o resplendor da glória do Pai, tanto é o Antigo como o Novo. Os
apóstolos deviam ir como testemunhas da vida, morte e mediação
de Cristo, preditas pelos profetas. Cristo em Sua humilhação, pureza
e santidade, em Seu amor incomparável, devia ser seu tema. E para
pregar o evangelho em sua plenitude, precisavam apresentar o Sal-
vador, não somente como lhes fora revelado em Sua vida e ensinos,
mas também predito pelos profetas do Antigo Testamento e sim-
bolizado pelo serviço sacrifical. Em Seus ensinos, Cristo expunha
velhas verdades, das quais Ele mesmo era o originador, verdades
que Ele próprio proferira pelos patriarcas e profetas; porém, sobre
elas projetava agora nova luz. Como parecia diferente a sua signi-
ficação! Sua explanação lançava ondas de luz e espiritualidade. E
prometeu que o Espírito Santo deveria iluminar os discípulos para
que a Palavra de Deus se lhes desdobrasse continuamente. Estariam
capacitados para apresentar as verdades em renovada beleza.
Desde a primeira promessa de redenção no Éden, a vida, o ca-
ráter e a mediação de Cristo têm constituído o estudo das mentes
humanas. Todavia, cada mente pela qual tem atuado o Espírito Santo,
expôs estes temas sob aspecto novo. As verdades da redenção são
susceptíveis de desenvolvimento e expansão constantes. Embora
velhas, são sempre novas, e revelam constantemente ao pesquisador
da verdade maior glória e força mais potente.
Em cada época há novo desenvolvimento da verdade, uma men-
sagem de Deus para essa geração. As velhas verdades são todas
essenciais; a nova verdade não é independente da antiga, mas um
desdobramento dela. Só compreendendo as velhas verdades é que
podemos entender as novas. Quando Cristo quis expor aos discípulos
a verdade de Sua ressurreição, começou “por Moisés e por todos
os profetas”, e “explicava-lhes o que dEle se achava em todas as
Escrituras”.
Lucas 24:27
. Mas a luz que brilha na nova ampliação da
verdade, é que glorifica a velha. O homem que rejeita ou despreza a
nova, não possui realmente a velha. Para ele perde seu poder vital e
torna-se forma inanimada.
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Há homens que professam crer e ensinar as verdades do Antigo
Testamento, ao passo que rejeitam o Novo. Pela recusa de aceitar
os ensinos de Cristo mostram que tampouco crêem o que disseram
os patriarcas e profetas. “Porque, se vós crêsseis em Moisés”, disse