A prova da fé
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sendo chamado a dar a vida em oferta a Deus. Com ternura procurou
aliviar a dor do pai, e auxiliou-lhe as mãos desfalecidas a amarrarem
as cordas que o prendiam ao altar.
E agora as últimas palavras de amor são proferidas, as últimas
lágrimas derramadas, o último abraço dado. O pai levanta o cutelo
para matar o filho, quando o braço subitamente lhe é detido. Um
anjo de Deus chama do Céu o patriarca: “Abraão, Abraão!” Ele
rapidamente responde: “Eis-me aqui.” E de novo se ouve a voz: “Não
estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto
agora sei que temes a Deus, e não Me negaste o teu filho, o teu
único”.
Gênesis 22:11-18
.
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Então Abraão viu “um carneiro detrás dele, travado pelas suas
pontas num mato”, e prontamente trazendo a nova vítima, ofereceu-a
“em lugar de seu filho”. Em sua alegria e gratidão, Abraão deu um
novo nome ao lugar sagrado — “Jeová-jire”, “o Senhor proverá”.
Gênesis 22:14
.
No Monte Moriá Deus outra vez renovou Seu concerto, confir-
mando com juramento solene a bênção a Abraão e sua semente, por
todas as gerações vindouras: “Por Mim mesmo, jurei, diz o Senhor:
Porquanto fizeste esta ação, e não Me negaste o teu filho, o teu
único, que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei
a tua semente como as estrelas dos céus, e como a areia que está na
praia do mar; e a tua semente possuirá a porta dos seus inimigos; e
em tua semente serão benditas todas as nações da Terra; porquanto
obedeceste à Minha voz.”
O grande ato de fé, de Abraão, permanece como uma coluna de
luz, iluminando o caminho dos servos de Deus em todos os séculos
subseqüentes. Abraão não procurou esquivar-se de fazer a vontade de
Deus. Durante aquela viagem de três dias, ele teve tempo suficiente
para raciocinar, e para duvidar de Deus se estivesse disposto a isto.
Poderia ter raciocinado que o tirar a vida a seu filho fá-lo-ia ser
considerado como um homicida, um segundo Caim; que isto faria
com que seu ensino fosse rejeitado e desprezado, e assim destruiria o
seu poder para fazer bem a seus semelhantes. Poderia ter alegado que
a idade o dispensaria da obediência. Mas o patriarca não procurou
refúgio em qualquer dessas desculpas. Abraão era humano; suas
paixões e afeições eram semelhantes às nossas; mas não se deteve
a discutir como a promessa poderia cumprir-se caso Isaque fosse