Página 167 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Fuga e exílio de Jacó
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dissimulação característica censurou-o agora pela sua partida secreta,
a qual não dera ao pai oportunidade de fazer uma festa para a partida,
ou mesmo para dizer adeus a suas filhas e filhos delas.
Em resposta Jacó apresentou claramente o procedimento egoísta
e ambicioso de Labão, e apelou para ele como testemunha de sua
própria fidelidade e honestidade. “Se o Deus de meu pai, o Deus
de Abraão, e o temor de Isaque, não fora comigo”, disse Jacó, “por
certo me enviarias agora vazio. Deus atendeu a minha aflição, e ao
trabalho das minhas mãos, e repreendeu-te ontem à noite”.
Gênesis
31:42
.
Labão não pôde negar os fatos apresentados, e propôs então
entrar em um concerto de paz. Jacó consentiu na proposta, e uma
pilha de pedras foi erguida como sinal do pacto. A esta pilha deu
Labão o nome de Mispa, “torre de vigia”, dizendo: “Atente ou ‘vigie’
o Senhor entre mim e ti, quando nós estivermos apartados um do
outro.”
“Disse mais Labão a Jacó: Eis aqui este mesmo montão, e eis
aqui essa coluna que levantei entre mim e ti. Esse montão seja
testemunha, e esta coluna seja testemunha, que eu não passarei este
montão para lá, e que tu não passarás este montão e esta coluna para
cá, para mal. O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus de seu pai
julgue entre nós. E jurou Jacó pelo temor de seu pai Isaque”.
Gênesis
31:52, 53
. Para confirmar o tratado, os dois partidos realizaram um
banquete. A noite foi passada em comunhão agradável; e, ao romper
da aurora, Labão e seu grupo partiram. Com esta separação cessou
todo o traço de conexão entre os filhos de Abraão e os moradores da
Mesopotâmia.
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