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Patriarcas e Profetas
tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó, e em pó
te tornarás”.
Gênesis 3:17-19
.
Não era a vontade de Deus que o casal sem pecados conhecesse
algo do mal. Livremente lhes dera o bem, e lhes recusara o mal. Mas,
contrariamente à Sua ordem, haviam comido da árvore proibida, e
agora continuariam a comer dela, isto é, teriam a ciência do mal,
por todos os dias de sua vida. Desde aquele tempo o gênero humano
seria afligido pelas tentações de Satanás. Em vez do trabalho feliz
até então a eles designado, a ansiedade e a labuta seriam seu quinhão.
Estariam sujeitos ao desapontamento, pesares, dor, e finalmente à
morte.
Sob a maldição do pecado, a natureza toda devia testemunhar
ao homem o caráter e resultado da rebelião contra Deus. Quando
Deus fez o homem, Ele o fez governador sobre a Terra e todas as
criaturas viventes. Enquanto Adão permanecesse fiel ao Céu, toda a
natureza estaria sob a sua sujeição. Quando, porém, se rebelou contra
a lei divina, as criaturas inferiores ficaram em rebelião contra o seu
domínio. Assim o Senhor, em Sua grande misericórdia, mostraria
aos homens a santidade de Sua lei, e os levaria por sua própria
experiência a ver o perigo de a pôr de lado, mesmo no mínimo grau.
E a vida de labutas e cuidados que dali em diante deveria ser o
quinhão do homem, foi ordenada com amor. Uma disciplina que se
tornara necessária pelo seu pecado, foi o obstáculo posto à satisfação
do apetite e paixão, e o desenvolvimento de hábitos de domínio
próprio. Fazia parte do grande plano de Deus para a restauração
do homem, da ruína e degradação do pecado. A advertência feita a
nossos primeiros pais — “No dia em que dela comeres, certamente
morrerás” (
Gênesis 2:17
), não implicava que devessem eles morrer
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no próprio dia em que participassem do fruto proibido. Mas naquele
dia a irrevogável sentença seria pronunciada. A imortalidade lhes era
prometida sob condição de obediência; pela transgressão despojar-
se-iam da vida eterna. Naquele mesmo dia estariam condenados à
morte.
A fim de possuir uma existência eterna, o homem devia continuar
a participar da árvore da vida. Privado disto, sua vitalidade dimi-
nuiria gradualmente até que a vida se extinguisse. Era o plano de
Satanás que Adão e Eva pela desobediência incorressem no despra-
zer de Deus; e então, se deixassem de obter o perdão, esperava que