As festas anuais
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a figueira já deu os seus figuinhos,
a as vides em flor exalam o seu aroma”.
Cânticos 2:11-13.
Por toda a terra bandos de peregrinos estavam a caminho para
Jerusalém. Todos dirigiam os passos para o lugar em que se reve-
lava a presença de Deus: os pastores deixavam seus rebanhos, os
guardas do gado as suas montanhas, pescadores o Mar de Galiléia,
os lavradores os seus campos, e os filhos dos profetas as escolas
sagradas. Jornadeavam em pequenas etapas, pois que muitos iam
a pé. As caravanas estavam constantemente a receber acréscimos,
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e freqüentemente se tornavam muito grandes antes de chegarem à
santa cidade.
A alegria da natureza despertava nos corações de Israel júbilo
e gratidão para com o Doador de todos os bens. Cantavam-se os
grandiosos salmos hebreus, exaltando a glória e majestade de Jeová.
Ao som da trombeta que dava os sinais, juntamente com a música
dos címbalos, erguia-se o coro de ações de graças, avolumado por
centenas de vozes:
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.
Os nossos pés estão dentro das tuas portas, ó Jerusalém [...]
Onde sobem as tribos do Senhor, [...]
Para darem graças ao nome do Senhor. [...]
Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te
amam”.
Salmos 122:1-6.
E ao verem em redor de si as colinas onde os gentios costumavam
acender os fogos de seus altares, cantavam os filhos de Israel:
“Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro?
O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a Terra”.
Salmos 121:1, 2.