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Patriarcas e Profetas
nem por Urim, nem por profetas.” O Senhor nunca Se desviou de
uma alma que foi a Ele em sinceridade e humildade. Por que deixou
Saul voltar sem resposta? O rei, por seu próprio ato, privara-se do
benefício de todos métodos de inquirir a Deus. Rejeitara o conselho
do profeta Samuel; exilara a Davi, o escolhido de Deus; matara os
sacerdotes do Senhor. Poderia ele esperar ser atendido por Deus,
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quando interrompera os condutos de comunicação que o Céu deter-
minara? Afastara pelo seu pecado o Espírito da graça, e poderia ser
atendido por sonhos e revelações do Senhor? Saul não se voltou a
Deus com humildade e arrependimento. Não era o perdão do pecado
e a reconciliação com Deus, o que ele buscava, mas o livramento
de seus adversários. Pela sua obstinação e rebelião, separara-se de
Deus. Não poderia voltar a não ser por meio do arrependimento e
contrição; mas o orgulhoso rei, em sua angústia e desespero, resolveu
buscar auxílio de outra fonte.
Então disse Saul aos seus servos: “Buscai-me uma mulher que
tenha o espírito de feiticeira, para que vá a ela e a consulte”.
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Samuel 28:6, 7
. Saul tinha completo conhecimento do caráter da
necromancia. Tinha sido expressamente proibida pelo Senhor, e fora
pronunciada sentença de morte contra todos os que praticassem suas
artes profanas. Durante a vida de Samuel, Saul ordenara que todos
os encantadores e os que tinham espírito de feitiçaria fossem mortos;
mas agora, na precipitação do desespero, recorre àquele oráculo que
ele condenara como uma abominação.
Foi dito ao rei que uma mulher que possuía espírito de feitiçaria
estava morando em um esconderijo, em En-Dor. Esta mulher entrara
em concerto com Satanás, para entregar-se ao seu domínio, e cumprir
seus propósitos; e, em troca, o príncipe do mal operava prodígios a
ela, e revelava-lhe coisas secretas.
Disfarçando-se, Saul saiu de noite apenas com dois auxiliares, a
fim de buscar o retiro da feiticeira. Oh! que deplorável cena! o rei
de Israel levado cativo por Satanás, à sua vontade. Que vereda tão
tenebrosa, para palmilharem pés humanos, aquela que fora escolhida
por quem persistira em ter seu próprio caminho, resistindo às santas
influências do Espírito de Deus! Que cativeiro há tão terrível como
o daquele que se acha entregue ao domínio do pior dos tiranos? A
confiança em Deus e a obediência à Sua vontade eram as únicas
condições sob as quais Saul poderia ser rei de Israel. Se ele tivesse