Página 65 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Sete e Enoque
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seus pecados; mas as multidões zombaram da solene mensagem, e
continuaram com mais ousadia em seus maus caminhos. Os servos
de Deus devem levar uma mensagem semelhante ao mundo nos
últimos dias, e esta também será recebida com incredulidade e zom-
baria. O mundo antediluviano rejeitou as palavras de advertência
daquele que andava com Deus. Assim a última geração escarnecerá
das advertências dos mensageiros do Senhor.
Em meio de uma vida de trabalhos ativos, Enoque perseveran-
temente manteve comunhão com Deus. Quanto maiores e mais in-
sistentes eram os seus trabalhos, mais constantes e fervorosas eram
as suas orações. Ele continuava a segregar-se em certos períodos,
de toda a sociedade. Depois de permanecer por algum tempo entre
o povo, trabalhando para os beneficiar pela instrução e exemplo,
retirava-se para passar algum tempo em solidão, tendo fome e sede
daquele conhecimento divino que somente Deus pode comunicar.
Tendo desta maneira comunhão com Deus, Enoque vinha a refletir
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cada vez mais a imagem divina. Seu rosto estava radiante de uma
santa luz, da própria luz que resplandece no semblante de Jesus.
Saindo ele dessas comunhões divinas, mesmo os ímpios contempla-
vam com admiração a impressão celestial em seu rosto.
A impiedade dos homens atingira tal ponto que foi pronunciada
destruição contra eles. À medida em que se iam passando os anos,
cada vez mais profunda se tornava a onda da culpabilidade humana,
cada vez mais negras se acumulavam as nuvens do juízo divino.
Enoque, todavia, a testemunha da fé, mantinha-se em seu posto,
advertindo, apelando, rogando, esforçando-se para fazer retroceder
a onda de culpabilidade, para deter os dardos da vingança. Posto
que suas advertências fossem desatendidas por um povo pecador e
amante de prazeres, tinha ele o testemunho da aprovação de Deus,
e continuou a batalhar fielmente contra o mal prevalecente, até que
Deus o removeu de um mundo de pecado para as puras alegrias do
Céu.
Os homens daquela geração zombaram da loucura daquele que
não procurara juntar ouro ou prata, ou adquirir posses neste mundo.
Mas o coração de Enoque estava nos tesouros eternos. Ele estimava
a cidade celestial. Vira o Rei em Sua glória no meio de Sião. Seu
espírito, seu coração, sua conversação, eram sobre coisas celestiais.
Quanto maior era a iniqüidade existente, mais ardente era o seu anelo