Página 678 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Patriarcas e Profetas
Então ensinarei aos transgressores os Teus caminhos, e os peca-
dores a Ti se converterão.
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Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação,
e a minha língua louvará altamente a Tua justiça”.
Salmos 51:1-14.
Dessa forma, em um cântico sagrado que havia de ser entoado
nas assembléias públicas de seu povo, na presença da corte — sa-
cerdotes e juízes, príncipes e homens de guerra — e que conservaria
até a última geração o conhecimento de sua queda, relatou o rei de
Israel o seu pecado, o seu arrependimento e sua esperança de perdão
pela misericórdia de Deus. Em vez de se esforçar por ocultar seu
crime, desejou que outros pudessem instruir-se pela triste história
de sua queda.
O arrependimento de Davi foi sincero e profundo. Não houve
esforço para atenuar seu delito. Nenhum desejo de escapar dos
juízos ameaçados inspirou sua oração. Viu, porém, a enormidade
de sua transgressão contra Deus; viu a contaminação de sua alma;
repugnou-lhe seu pecado. Não era unicamente pelo perdão que ele
orava, mas pela pureza de coração. Davi não abandonou a luta em
desespero. Nas promessas de Deus aos pecadores arrependidos, via
a prova de seu perdão e aceitação.
“Porque Te não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria;
Tu não Te deleitas em holocaustos.
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado;
a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó
Deus”.
Salmos 51:16, 17.
Embora Davi tivesse caído, o Senhor o levantou. Estava agora
em mais completa harmonia com Deus e simpatia para com seus
semelhantes, do que antes de cair. No júbilo de seu livramento,
cantou: