A semana literal
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dou, e logo tudo apareceu”.
Salmos 33:6, 9
. A Bíblia não admite
longas eras em que a Terra vagarosamente evoluiu do caos. De cada
dia consecutivo da criação, declara o registro sagrado que consis-
tiu de tarde e manhã, como todos os outros dias que se seguiram.
No final de cada dia dá-se o resultado da obra do Criador. Faz-se
esta declaração no fim do relato da primeira semana: “Estas são as
origens do céu e da Terra, quando foram criados”.
[71]
Gênesis 2:4
. Mas isto não confere a idéia de que os dias da criação
eram diversos de dias literais. Cada dia foi chamado uma origem ou
geração, porque nele Deus gerou, ou produziu alguma nova porção
de Sua obra.
Pretendem geólogos achar prova na própria Terra de que ela
é muitíssimo mais velha do que ensina o registro mosaico. Ossos
de homens e animais, bem como instrumentos de guerra, árvores
petrificadas, etc., muito maiores do que qualquer que hoje exista, ou
que tenha existido durante milhares de anos, foram descobertos, e
disto conclui-se que a Terra foi povoada muito tempo antes da era
referida no registro da criação, e por uma raça de seres grandemente
superiores em tamanho a quaisquer homens que hoje vivam. Tal
raciocínio tem levado muitos crentes professos na Bíblia a adotar a
opinião de que os dias da criação foram períodos vastos, indefinidos.
Mas, fora da história bíblica, a geologia nada pode provar. Aque-
les que tão confiantemente raciocinam acerca de suas descobertas,
não têm uma concepção adequada do tamanho dos homens, animais
e árvores anteriores ao dilúvio, ou das grandes mudanças que então
ocorreram. Restos encontrados na terra dão prova de condições que
em muitos aspectos diferiam do presente; mas o tempo em que es-
sas condições existiram apenas pode ser descoberto pelo Registro
Inspirado. Na história do dilúvio a inspiração explicou aquilo que a
geologia por si só nunca poderia sondar. Nos dias de Noé, homens,
animais e árvores, muitas vezes maiores do que os que hoje existem,
foram sepultados, e assim conservados, como prova para as gerações
posteriores de que os antediluvianos pereceram por um dilúvio. Era
o desígnio de Deus que a descoberta dessas coisas estabelecesse fé
na história inspirada, mas os homens, com seus vãos raciocínios,
caem no mesmo erro em que caiu o povo anterior ao dilúvio — as
coisas que Deus lhes dera como benefício, mudam eles em maldição,
fazendo delas mau uso.